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Governo cogita passar organização dos Festivais da Cultura para privados

O Ministro da Cultura, Armando Artur, afirmou esta segunda-feira (16) que o executivo moçambicano encontra-se a estudar mecanismos para poder encarregar o sector privado o processo de organização dos Festivais Nacionais da Cultura, evento realizado de dois em dois anos no sentido de promover a moçambicanidade.

Apesar de não ter avançado com as datas para a materialização desse propósito, Armando Artur, explicou que a medida visa, essencialmente, acasalar os ganhos provenientes da realização do evento que sempre movimenta diversos intervenientes na área das artes e cultura moçambicana. E incentivar os empresários a promoverem a cultura.

O dirigente, que falava numa conferência de imprensa com jornalistas fazendo o balanço do 7ª Festival Nacional da Cultura, referiu que se os empresários poderem abraçar a área cultural, o governo simplesmente poderá participar na organização apoiando os promotores, tal como acontece em outros países onde empresas produtoras dedicam-se na realização dos festivais.

“Agora resta uma consciencialização do empresariado no sentido de assumir o seu papel na realização dos festivais de modo garantir a promoção da cultura nacional para além fronteiras” sublinhou Armando Artur afirmando que falta uma relativa agressividade por parte dos empresários em abraçar as indústrias culturais em Moçambique.

O Ministro da Cultura falava esta segunda-feira aos jornalistas em Nampula numa conferência de imprensa para fazer o balanço do 7º Festival Nacional de Cultura, evento que foi realizado simultaneamente, nas cidades de Nampula, Nacala e Ilha de Moçambique. Na circunstância, Armando Artur disse que o festival foi um êxito, desde as fases de apuramento dos artistas ao nível das comunidades, localidades, distrito, província e a derradeira fase nacional, cujo palco foi a província de Nampula.

Acrescentou que a fase nacional ultrapassou as expectativas no seio da comissão organizadora do evento, por isso referiu que a realização do festival em Nampula vai ficar na história da população local, bem como dos visitantes que integravam as delegações provinciais do 7º Festival Nacional de Cultura.

O titular da pasta de cultura explicou que registou-se a superação das expectativas mercê da evolução das artes e culturas em termos de qualidade e desenvolvimento do espírito inovador dos respectivos artistas.

Ministro reconhece falhas na logística do festival

Em relação às reclamações dos artistas de algumas delegações sobre a qualidade da logística e alojamento, o ministro da cultura considerou de legítimas as questões apresentadas e reconheceu que houve falhas na organização, mas deveu-se ao elevado número de pessoas que estiveram envolvidas no evento e a situação foi sendo melhorada na medida em que os trabalhos iam decorrendo. “Mesmo nos lares nem tudo vai bem, tem existido falhas e vão se corrigindo ao andar do tempo, então foi o mesmo que aconteceu” – concluiu a fonte.

No que diz respeito ao estado de saúde das mais de duas mil pessoas que estiveram envolvidas na realização do festival de cultura, Armando Artur disse que não foram registados casos de muita preocupação apenas nos centros de atendimento foram notificados casos de malária e gripe.

De referir que o 7º Festival Nacional de Cultura edição 2012 absorveu cinquenta milhões de meticais na movimentação de artistas, aluguer de material de som, contratação de empresas para o fornecimento de alimentação aos elementos envolvidos.

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