Maputo, 16 Mar (AIM) – A indústria açucareira moçambicana deverá produzir, este ano (2009), cerca de 419.208 toneladas de açúcar, representando um aumento de 68 por cento face ao ano anterior, em que a produção das quatro fábricas que operam no país foi de 250.191 toneladas.
Segundo o Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI), este aumento ira resultar do incremento, em 37 por cento, da área de produção de cana sacarina e do melhoramento do rendimento agrícola previsto para 2009, que poderá Projectada produção de mais de 400 mil toneladas de açucar aumentar em cerca de 21 por cento.
Ainda de acordo com o CEPAGRI, em 2009, todas as açucareiras moçambicanas, à excepção de Marromeu, na província central de Sofala, prevêm aumentar as suas áreas de produção, no âmbito do Plano de Acção do sector açucareiro.
Em 2008, primeiro ano de implementação deste Plano de Acção, a Açucareira de Marromeu iniciou acções visando o melhoramento dos rendimentos agrícolas, cujos resultados terão efeito a partir de 2009.
A Açucareira de Xinavane, na província de Maputo, vai registar o maior volume de produção, com 171.376 toneladas, numa área de 13.649 hectares, seguida de Mafambisse, em Sofala, com 89.665 toneladas, sendo a área a colher estimada em 8.342 hectares.
Por seu turno, a Açucareira da Maragra, igualmente na província de Maputo, vai produzir 84.500 toneladas de açúcar, numa área de 7. 436 hectares, enquanto que em Marromeu a produção deverá ser de 73.667 toneladas, sendo a área a colher estimada em 11.336 hectares.
Contudo, se em Moçambique a tendência é para uma subida, a nível mundial está prevista uma redução na produção de açúcar na presente campanha, pela primeira vez depois de excedentes sucessivas que se registavam desde o ano agrícola 2004-2005.
Entretanto, espera-se que o nível de consumo mundial aumente cerca de 2.53 por cento, sendo, por isso, que a primeira estimativa do balanço mundial de açúcar para o período de Outubro de 2008 a Setembro de 2009 prevê um défice de 3.6 milhões de toneladas.
Esta redução na produção vai provocar um declínio na disponibilidade de exportações mundiais e, como habitualmente, dois países, nomeadamente o Brasil e a índia, vão ser determinantes no cenário final para 2009.
A índia, por exemplo, que se tornou um dos grandes produtores e exportadores mundiais de açúcar a partir de 2006, prevê uma redução de cerca de cinco milhões de toneladas nas projecções de produção e exportações para a presente campanha, relativamente à campanha anterior.