Um total de 6,9 milhões de norte-coreanos não recebem a ajuda em alimentos necessária porque seus dirigentes estão mais preocupados com sua sobrevivência do que com a do povo, denunciou o relator especial de direitos humanos da ONU, em relatório que será apresentado nesta segunda-feira em Genebra.
“Quase 8,7 milhões de norte-coreanos precisam de ajuda em alimentos, mas somente 1,8 milhão de pessoas receberam-na no início de 2009, devido à drástica redução dos recursos”, explica o tailandês Vitit Muntarbhorn em um documento que será apresentado no Conselho dos Direitos Humanos da ONU com sede em Genebra.
Muntarbhorn pediu à comunidade internacional e às autoridades norte-coreanas que tomem medidas a curto prazo para levar comida aos que precisam. “A tragédia do país é que seus dirigentes tentam sobreviver em detrimento da maioria da população”, continuou Muntarbhorn, denunciando em seu relatório uma série de enormes violações dos direitos humanos cometidas por Pyongyang.
Ele pediu à ONU que pressione o regime comunista de Kim Jong Il para que adote a política do “povo primeiro”, contra a atual do “exército primeiro”.