Mauricio Funes, candidato da antiga guerrilha de esquerda Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), foi eleito no domingo presidente de El Salvador, acabando com 20 anos de hegemonia da direita, que reconheceu a derrota.
“Sou o presidente eleito dos salvadorenhos”, declarou, ao lado da esposa Wanda Pignato, de origen brasileira e representante do Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil para a América Central, em um hotel da capital.
“Neste dia triunfou a cidadania que acreditou na esperança e venceu o medo. Esta é uma vitória de todo o povo salvadorenho”, acrescentou Funes, em um discurso que similar ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na vitória eleitoral de 2002.
Com 92,02% das urnas apurada, Funes tem 51,2% dos votos, contra 48,7% do candidato da direita, Rodrigo Avila. A vantagem é de pouco mais de 62.000 votos, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).
Avila, da Aliança Republicana Nacionalista (Arena), reconheceu a vitória do rival, na eleição mais dura enfrentada por seu partido, que gobernava El Salvador desde 1989. Rodrigo Avila admitiu a derrota ao lado do atual presidente, Antonio Saca, e dos antecessores Alfredo Cristiani (1989-1994), Armando Calderón (1994-1999) e Francisco Flores (1999-2004).