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Governo decide aumentar produção de gás natural

O governo moçambicano decidiu Terça-feira última, em Maputo, aumentar a capacidade de produção e processamento do gás natural de Pande e Temane dos actuais 120 milhões para 183 milhões de gigajoules por ano.

Em Conselho de Ministros, o Governo também apreciou e adoptou o Plano de Desenvolvimento do Gasoduto que liga Temane, província de Inhambane, Sul de Moçambique, a Secunda, na Africa do Sul, para aumentar a capacidade de transporte deste recurso.

Com a expansão do empreendimento estarão garantidas quantidades adicionais de gás natural para o mercado nacional, o que vai permitir o surgimento de novos projectos de desenvolvimento no país, caso da Central Térmica a Gás, a ser construída, a partir de 2012, no distrito da Moamba, extremo Sul de Moçambique. Esta central deverá consumir 27 milhões de gigajoules por ano.

Segundo o porta-voz do Governo, Luís Covane, a expansão daquele empreendimento vai permitir “o incremento da utilização do gás, aumento de postos de trabalho, desenvolvimento das actuais infraestruturas de produção, processamento e transporte, bem como a expansão da actual rede de distribuição de gás natural e desenvolvimento de novas industrias utilizadoras daquele recurso natural no país”.

Estas medidas, segundo Covane, estão sendo acompanhadas de capacitação dos recursos humanos. Neste momento, 23 técnicos superiores estão a ser formados em diferentes países, nas áreas de engenharia de petróleo, geologia e geofísica, entre outras.

Em Moçambique, o gás natural foi descoberto em 1962, quando a Gulf Oil fazia prospecção nos campos de Pande. Depois de vários anos de tentativas da sua exploração industrial, os governos de Moçambique, a empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e a petroquímica sul – Africana chegaram a uma série de acordos históricos que permitiram o primeiro passo em direcção ao desenvolvimento duma significante indústria de gás natural na África Austral.

Estes acordos culminaram com a construção do gasoduto ligando os campos de Temane e Pande, em Moçambique, e Secunda, na Africa do Sul. O gasoduto entre Moçambique e a África de Sul é de 895 quilómetros, sendo 551 quilómetros em território moçambicano e 344 em terra sul-africana.

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