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Síria deve cessar ataques antes de diálogo, diz porta-voz de Annan

Confrontos na Síria põem em xeque acordo para retirada de tropas

A artilharia síria atacou áreas da cidade de Homs nesta sexta-feira e pelo menos cinco pessoas foram mortas em confrontos pelo país, afirmaram ativistas da oposição, à medida que o enviado internacional Kofi Annan insistiu para que o presidente Bashar al-Assad ordene primeiro que as suas tropas parem de disparar. “O prazo limite é agora”, disse o porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, em Genebra.

“Nós esperamos que ele implemente o plano imediatamente.” Eliminando qualquer ambiguidade sobre os termos do cessar-fogo do plano de paz de seis pontos que Assad disse ter aceite, Fawzi disse que cabia aos militares sírios agirem primeiro e mostrar boa-fé ao retirar tanques, armas pesadas e tropas das cidades.

O plano também exige que rebeldes com armamentos mais leves também parem de disparar. Mas o Exército Livre Sírio não disse se aceita as propostas de Annan e grupos de oposição não apoiaram explicitamente o seu apelo para um diálogo com Assad.

O plano de Annan “pede especificamente para o governo retirar as suas tropas e deixar de usar armas pesadas em centros povoados”, disse Fawzi. “A implicação muito clara aqui é que o governo deve parar primeiro e depois discutir o fim das hostilidades com o outro lado e com o mediador.”

Um ativista que se identificou como Abu Mohammed disse que Annan, que está agindo em nome da Organização das Nações Unidas e da Liga Árabe, “precisaria explicar para o Exército Livre Sírio o que eles querem, quais são as condições e isso dependerá da situação do momento”. “Não vamos precipitar-nos. Primeiro queremos ver que o banho de sangue terminar”, disse.

Se o plano da ONU for adotado e monitores de paz mobilizados, a oposição poderá protestar abertamente e de forma pacífica como os egípcios fizeram durante sua revolta contra Hosni Mubarak, disse ele. “Mas isso não vai acontecer”.

VIOLÊNCIA

Duas pessoas foram mortas por franco atiradores em Homs e em Idlib e duas outras foram assassinadas a tiros enquanto dirigiam em um local não informado, disseram ativistas. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos reportou vários feridos em confronto entre tropas e rebeldes na província de Idlib.

Tropas de segurança e rebeldes lutaram durante a noite em Harasta e Arbin, cidades que ficam no norte da Síria. Rebeldes lançaram granadas impulsionadas por foguetes contra um prédio, matando um soldado, relataram ativistas.

A tensão aumentou no bairro de Barzeh, em Damasco, à medida que forças de segurança se mobilizaram e as conexões telefónicas caíram.

O Irão, mais forte aliado regional de Assad, disse que 12 cidadãos iranianos abduzidos “pelas forças da oposição síria” foram libertados, incluindo cinco engenheiros que trabalhavam para usina de energia síria em Homs, que foram sequestrados no final de dezembro.

A agência de notícias estatal iraniana Irna disse que “gangues armadas” sírias sequestraram dezenas de peregrinos do Irão.

Em janeiro, rebeldes da Síria lançaram um vídeo de sete homens que afirmaram ser soldados iranianos capturados no país. A autenticidade do vídeo não pôde ser verificada.

A ONU diz que as forças de Assad mataram pelo menos 9 mil pessoas nos levantes que já duram um ano. O governo alega que cerca de 3 mil soldados e membros das forças de segurança foram mortos por combatentes da oposição.

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