O Conselho de Segurança da ONU manifestou, Terça-feira, o alarme com os recentes confrontos entre o Sudão e o Sudão do Sul ao longo da fronteira disputada, e pediu a ambos os países que suspendam as suas operações militares, alertando para o risco duma nova guerra.
Os dois governos se culpam mutuamente pelos confrontos. O Sudão do Sul disse que o Sudão bombardeou, Terça-feira, campos petrolíferos no seu Estado da Unidade, num dos mais graves incidentes desde que o Sudão do Sul tornou-se independente, em Julho.
“O Conselho de Segurança pede aos governos do Sudão e do Sudão do Sul que exerçam o máximo de moderação e mantenham um diálogo resoluto a fim de tratar pacificamente as questões que estão a alimentar a desconfiança entre os dois países”, disseram os 15 países do Conselho em nota.
O Sudão do Sul ficou independente conforme previa um acordo de paz de 2005 que encerrou décadas de guerra civil entre o norte e o sul do Sudão.
Mas ainda há profundas desconfianças entre os dois lados, e atritos por conta da demarcação das fronteiras e das taxas que o Sudão do Sul, sem acesso ao mar, precisaria de pagar a Cartum para escoar a sua produção petrolífera.
O Sudão negou ter bombardeado o país vizinho, mas disse que as suas forças terrestres atacaram posições de artilharia sul-sudanesas que teriam feito disparos contra a disputada região petrolífera de Heglig, que é parcialmente controlada por Cartum.