O Presidente do Município de Quelimane, Manuel de Araújo, prometeu, Quarta-feira, poder exigir explicações e possivelmente responsabilizar as empresas que estiveram envolvidas no recente projecto de reabilitação de algumas avenidas da autarquia, principalmente aquelas que facilmente ficam inundadas quando há registo de chuva.
Manuel de Araújo lançou tal promessa quando, na manhã da última Segunda-feira, visitou algumas vias do município que ficaram praticamente intransitáveis na sequência da precipitação registada na madrugada desta Segunda-feira.
O Edil percorreu alguns locais que apresentavam-se mais críticos, nomeadamente as Avenidas Eduardo Mondlane, 7 de Setembro, da Liberdade, Heróis de Libertação Nacional e o Mercado Brandão.
Ele não gostou, particularmente, do que constatou nas Avenidas Eduardo Mondlane, 7 de Setembro e Heróis de Libertação Nacional, as quais beneficiaram, recentemente, de obras de reabilitação.
O estado em que as referidas avenidas apresentavam-se, Quarta-feira de manhã, denuncia ter havido erros técnicos graves durante a execução das obras de reabilitação, principalmente na componente drenagem, o que justifica a manutenção de quantidades elevadas de águas pluviais sobre toda largura da estrada.
Manifestadamente agastado com a situação, ainda no terreno, Manuel de Araújo interpelou por telefone os gestores de algumas das empresas que estiveram envolvidas no projecto, com quem acordou reuniões a posterior para exigir explicações pormenorizadas sobre a qualidade das obras.
A empresa contratada pelo governo para desenvolver aquele projecto é a portuguesa Mota Condurril, que por sua vez sub-contratou a Suazi Nhatsi àquem alocou alguns troços.
O fiscal do projecto foi o Engenheiro Cristovão Forquia, mais tarde promovido a director provincial das Obras Públicas e Habitação da Zambézia.
Não obstante, o projecto ter sido executado antes da sua eleição para o cargo de Presidente do município, Manuel de Araújo entende uma vez ter sido financiado com fundos públicos há toda uma necessidade para exigir transparência, para não deixar os interesses do Estado defraudados.
Refira-se que, entre a madrugada e manhã da Segunda-feira, choveu bastante na cidade de Quelimane. Os bairros periféricos da urbe ficaram completamente alagados.
Os autarcas não podiam sair das casas. Em muitos casos não havia outra saída se não mesmo descalçar ou usar botas. Mesmo os que tem viaturas próprias enfrentaram dificuldades. Algumas vias importantes ficaram submersas, dificultando a circulação normal de veículos.
Algumas instituições não funcionaram, Quarta-feira, na cidade de Quelimane, entre as quais escolas. Esta é a segunda vez que esse cenário ocorre na cidade de Quelimane em menos de um mês.
O Presidente do Município de Quelimane, Manuel de Araújo, viu-se forçado a usar botas, capa de chuva, para percorrer os pontos mais críticos e acompanhado pelo seu executivo e, mais uma vez, viu o drama da cidade.