U m consórcio, integrando empresários belgas e moçambicanos, está a investir 20. 191 mil dólares americanos num mega projecto de produção e processamento de jatropha curcas no distrito costeiro de Nacala-a-Velha, província de Nampula.
Segundo Mário Ernesto, administrador daquele distrito, o projecto que ocupa uma área de 10 mil hectares na localidade de Micolene, contempla a instalação de uma unidade industrial para extracção de óleo vegetal destinada à comercialização nos mercados nacionais e internacionais.
Jatropha curcas, como é cientificamente designado, é um arbusto que cresce até quatro metros de altura e possui flores amarelo-esverdeadas, cujo fruto é uma cápsula com três sementes escuras e lisas, dentro das quais se encontra uma amêndoa branca considerada rica em óleo.
Os especialistas dizem tratar-se de uma cultura espontânea, que cresce em solos pouco férteis e sem muitas exigências climatéricas. É bastante resistente à pragas e doenças, e desenvolve-se quer na zona costeira, como em altitudes superiores a mil metros.
Na província de Nampula, o lançamento oficial daquela cultura ocorreu há cerca de quatro anos sob a presença do Presidente da República, Armando Guebuza. Nessa altura , cada distrito comprometera- se a produzir 15 hectares de jatropha com o propósito de expandir o programa para todas as comunidades, que acabaria por fracassar devido a vários factores.
Os directores distritais das Actividades Económicas sempre se queixaram da falta de semente, associado ao facto de muitos produtores não confiarem na possibilidade de colocação do produto.
