A Espanha, Argentina, Chile e Colômbia prenderam, Terça-feira, 25 suspeitos de serem hackers ligados ao grupo activista Anonymous, sob a acusação de invadirem sites governamentais e corporativos, segundo as autoridades.
Quatro os suspeitos foram detidos nas cidades de Madri e Málaga, e a polícia espanhola acusou também um deles de divulgar dados pessoais sobre policiais e guarda-costas da família real e do primeiro-ministro.
A Interpol disse que a operação aconteceu em 15 cidades e resultou na apreensão de 250 computadores e celulares.
Os sites da Presidência e do Ministério da Defesa da Colômbia e da empresa eléctrica chilena Endesa estavam entre os alvos dos hackers, segundo a Interpol.
O Anonymous é um grupo informal suspeito de coordenar ataques de hackers contra instituições, multinacionais e organizações governamentais de todo o mundo.
“Esses ataques cibernéticos eram, às vezes, acções individuais, mas foram apoiados por muita gente que somou forças e conhecimentos para cometê-los”, disse a polícia espanhola em nota.
“Os detidos (…) tinham um elevado grau de conhecimento sobre a tecnologia da informação.”
Recentemente, o grupo WikiLeaks começou a divulgar mais de 5 milhões de emails oriundos da consultoria norte-americana de análise geopolítica Stratfor, que foram supostamente obtidos por hackers ligados ao Anonymous.
Na Espanha, dois dos quatro suspeitos permaneciam detidos, e os outros dois, incluindo um menor de 16 anos, foram libertados mediante fiança, segundo a polícia.
Segundo a polícia espanhola, os hackers atacaram sites de partidos, colocando dentes de vampiros nas fotos dos dirigentes.
As companhias espanholas também teriam sido alvo. Além disso, eles teriam criado uma sala de bate-papo na Internet para ajudar na realização de ataques na Espanha e na América Latina.
depois das detenções, surgiram, nas salas suspeitas, apelos para que os hackers de fora da Espanha realizassem ataques ao site da polícia espanhola, para que ela “não tenha dados suficientes que levem a novas prisões”, segundo a nota.
Em Junho, a polícia espanhola prendeu três supostos activistas do Anonymous, por suspeitas de ataques contra alvos como a loja Playstation, governos, empresas e bancos.