Pelo menos 129 civis tâmeis, incluindo dezenas de crianças, morreram na segunda-feira e terça-feira em bombardeios do exército do Sri Lanka contra a última zona do país ainda sob controle dos guerrilheios separatistas tâmeis, informa um site favorável aos rebeldes.
Pelo menos 200 pessoas ficaram feridas nos “bombardeios desumanos dirigidos deliberadamente” contra zonas onde está refugiada a população civil e realizados com “bombas de fragmentação”, afirma o site Tamilnet.com.
Há dois meses, o governo cingalês executa uma vasta ofensiva militar que apresenta como a batalha final contra 500 insurgentes tâmeis encurralados em 50 km2 de selva.
Segundo o governo de Colombo, 36.000 civis fugiram da região do conflito e se refugiaram em campos criados pelas autoridades e em áreas “de segurança”, que supostamente deveriam ser desmilitarizadas.
“Burlando abertamente da crescente preocupação da comunidade internacional sobre a situação dos civis, o governo de Colombo ataca de maneira cega as ‘zonas de segurança'”, acusa o Tamilnet.com.
“São afirmações grosseiras do LTTE, que tenta obter a simpatia da comunidade internacional”, respondeu o porta-voz do exército, general Udaya Nanayakkara.
No fim de fevereiro, os tâmeis pediram a intervenção da comunidade internacional para impor um cessar-fogo, uma oferta rejeitada pelo exército, que exige previamente a entrega das armas.
A ONU e a Cruz Vermelhas calculam que mais 200.000 civis tâmeis estariam presos no fogo cruzado entre o exército e os rebeldes.