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Educação recusa-se contratar professor por possuir dreadlock

Um cidadão de nome João Sualehe Afito, ou simplesmente Mele como é conhecido no meio artístico, sobretudo na promoção de música tradicional e acrobacia ao nível da província de Nampula, diz-se vítima de preconceito por parte da Direcção Provincial de Educação e Cultura por dispor de dreadlock.

Segundo ele, por pertencer ao movimento rastafári, foi impedido de assinar contrato para leccionar nas escolas públicas. Pertencente ao grupo cultural Casa Velha, Afito fez o curso de professorado no Instituto de Formação de Professores Primários na ADPP de Nacala-Porto. Depois de ter terminado o curso de professores, foi admitido para leccionar no ensino público, tendo sido chamado para assinar o contrato de trabalho, mas por possuir dreadlocks, vulgarmente conhecido por rasta, foi impedido de fazê-lo.

Em entrevista ao Jornal @Verdade, João Afito, mais conhecido por Mele, conta que no ano passado (2011) para receber a guia para leccionar. O nosso entrevistado avançou que no momento de assinatura do contrato teria sido obrigado a cortar os cabelos como um dos meios para levar guia.

Mele acusa o director-adjunto da Educação e Cultura na Direcção Provincial de Nampula de o ter obrigado a abandonar o rastafarismo. Inconformado com a situação, procurou a directora provincial, esta, por sua vez, encaminhou ao seu adjunto que também recusou a passar a guia, tendo Afito perdido o contrato.

O nosso entrevistado disse que foi informado que a Educação não contrata nenhum indivíduo que tenha o tipo de cabelo que aquele cidadão possui. “Peço que me ajudem. Sou professor formado e com qualificações adequadas, pois passei com 13 valores, o que muitos não conseguem obter e gostaria de dar aulas, mas que não venham me obrigar a cortar o cabelo”, disse Mele.

Mele disse não compreender porque é que foi autorizado a frequentar o curso de formação de professores e quando chega o momento de assinar o contrato é obrigado a cortar o cabelo. A indignação do professor formado no Instituto de Formação de Professores Primários da ADPP de Nacala-Porto é facto de o director ter dito que não se contrata alguém com aquele tipo de cabelo.

A nossa fonte disse estar a ser injustiçado e pede para que todo o cidadão moçambicano com formação profissional não se discrimine pela cor da pele, religião, formação política, entre outras questões.

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