Projecções ambiciosas do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD) indicam que o valor acrescentado na Agricultura deverá ser triplicado até 2035 para 2,8 biliões de dólares norte-americanos, resultantes do aumento da percentagem de terra cultivada de 15,64% para 50%.
A situação resultará também do incremento da parcela de terra irrigada dos actuais 3,1% para 30%, de acordo ainda com o Ministério da Planificação e Desenvolvimento que, igualmente, almeja ver aumentados os investimentos em parcerias público-privadas de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,5% do PIB até 2035.
No seu documento sobre Estratégia Nacional de Desenvolvimento em divulgação através do país, aquele departamento governamental estima que a taxa de desemprego deverá reduzir até 2035 para um dígito contra os actuais 21% devido à optimização do aproveitamento dos recursos naturais, particularmente, os extraídos na província central de Tete.
Outros ambiciosos projectos desenhados pelo MPD prognosticam igualmente o aumento do investimento do sector privado de 7,88% do PIB para 20% do Produto Interno Bruto, até 2035, e aumento da participação das exportações de outros produtos para além dos megaprojectos, “quintuplicandoas de 2,4 biliões de dólares norte-americanos, ou seja, aumento em 18,7% do PIB”.
Estas projecções surgem numa altura em que a província meridional de Gaza é apontada como perdendo anualmente cerca de 75% de colheitas agrícolas devastadas pelas cheias e secas, de uma taxa global estimada em cerca de 50% de perdas anuais de colheitas nas províncias de Inhambane, Gaza e Maputo.
O Sul e o Norte de Moçambique são favoráveis à agricultura de sequeiro, onde o risco de perda de colheitas é menor, variando entre 5% e 30%.