Um cidadão moçambicano violou sexualmente a sua enteada no distrito de Namarrói, mais para o norte da província da Zambézia. O caso aconteceu no passado dia 1 de Fevereiro e só foi reportado às autoridades policiais, três dias depois.
Segundo a mãe da vítima o seu esposo, padrasto da vítima, aproveitou-se da sua ausência, e para dirigir-se ao quarto da menor, de 14 anos, que estava a dormir tendo-a forçado a consumar o acto sexual.
Depois da filha ter informado a mãe que o padrasto havia-lhe violado sexualmente, a mãe tentou um diálogo com o violador. Mas a resposta que recebeu do homem foi de que, caso ela denunciasse este caso, sairia da sua casa.
Aí a senhora ficou calada e manteve em segredo o caso. Já no dia lectivo, a menina foi a escola para receber aulas. Só que quando lá chegou, a professora, atenciosa, viu que a menina não estava bem. Quando perguntou à sua aluna, esta disse que o pai havia-lhe violado sexualmente.
Polícia toma conhecimento
A Polícia da República de Moçambique (PRM), naquele distrito, tomou conhecimento do caso através de terceiros. A mãe da vítima nem sequer se dignou a apresentar o caso, aliás, porque já tinha sido alertada pelo esposo que se ela informar a polícia seria “adeus ao casamento”.
Sabendo da natureza do assunto, a PRM logo tomou providências para encontrar o suposto violador e responsabiliza-lo pelos seus actos.
A Porta-voz da PRM na Zambézia, Elcídia Filipe, disse que, neste momento, o expediente do suposto violador está a ser tramitado, dai que, ao mesmo tempo, a menina deverá ser avaliada clinicamente para apurar-se os níveis de gravidade depois da violação sexual protagonizada pelo seu padrasto.
Num outro passo, Elcídia apelou aos cidadãos para que não tratem os casos de violação sexual como assuntos familiares, porque conforme ela explicou, estes casos trazem traumas nas vítimas, dai que a polícia não vai perdoar estes supostos violadores.
