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No regresso das férias Conselho de Ministros faz balanço das Calamidades que assolaram o país

Esta quinta-feira realizou-se a 1ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, ou seja, a primeira deste ano, depois de pouco mais de um mês de interregno devido as férias do governo. Na sessão desta quinta-feira na mó de cima esteve a apreciação pelo governo da situação geral das calamidades naturais no país, devido as inundações, chuvas e depressões tropicais que afectaram grave e particularmente as populações das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Zambézia e Nampula.

Falando após a Sessão, o Porta-voz do Governo, Alberto Nkutumula reiterou que nos meados e finais de Janeiro último formaram-se dois sistemas meteorológicos, nomeadamente os ciclones “Dando” e “Funso”, sendo que o primeiro teve maior impacto ou incidência na zona sul do país, sobretudo nas províncias de Inhambane e Gaza e o Funso estacionou-se por sensivelmente quatro dias no canal de Moçambique, afectando algumas províncias do centro e norte do país.

Alberto Nkutumula também vice-ministro da Justiça disse que há bacias que estão neste momento em alto risco de cheias, nomeadamente as do Incomati, Maputo, Limpopo, Búzi e Zambeze. Em termos de prevalência até o dia 30 de Janeiro findo, a bacia rio Zambeze registou um aumento de volumes de escoamento, com níveis higrométricos acima do alerta na estacão de Caia e Marromeu.

No que tange ao enchimento das albufeiras, as de Cahora-Bassa e Massingir em Tete e Inhambane respectivamente, registam uma aumento das descargas do volume de armazenamento, sendo que a Albufeira de Cahora-Bassa aumentou as descargas de 1.950 metros cúbicos para cerca de 3 mil metros cúbicos a partir do dia 27 último.

Ocorrências

O Porta-voz da 1ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros disse que no que concerne as ocorrências, as intensas chuvas acompanhadas de ventos fortes que há duas semanas sacudiram quase todo o país, afectaram na cidade de Maputo 459 pessoas, foram criados centros de acomodação nalguns distritos municipais desta urbe.

Em termos de resposta a estas calamidades foram distribuídos 730 quilogramas de farinha, 870 kg de arroz, 282 kg de feijão, 230 kg de peixe, 174 litros de óleo, 174 kg de açúcar e 94 kg de sal de cozinha. Quanto as inundações na província de Maputo foram afectadas 231 famílias, os centros de acomodação ora criados já se encontram vazios e os locais mais afectados foram o Distrito de Magude e Município da Matola.

Nesta província segundo Nkutumula foram distribuídos 500 kg de farinha, 100 kg de feijão-manteiga, 40 litros de óleo, 38 tendas, 90 mentas e 19 rolos de tenda. No que tange a movimentação e resposta às calamidades naturais na província de Maputo foram mobilizados 17 barcos para as operações de resgate e apoio às populações afectadas, os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) disponibilizaram um comboio para o transporte de pessoas e bens e ainda foram alocados diversos tipos de produtos alimentares para os centros de acomodação.

Na província meridional de Gaza, os distritos severamente afectados foram os de Chókwe, e Chibuto, sendo que nestes dois locais o número de pessoas afectadas foi de 9.164, para acolher as pessoas desalojadas pelas intempéries foi criado um centro de acomodação em Chókwe. Em jeito de resposta, foram distribuídos 4.630 quilogramas de cereais, 1200 kg de feijão, 200 litros de óleo e 600 kg de sal, para além de tendas que foram distribuídos lonas, rolos de tendas, purificadores de água, estacas e outros bens para minimizar os efeitos das calamidades.

Na província central da Zambézia, os distritos de Maganja da Costa, Nicoadala, Chinde e Pebane foram os mais afectados e o universo de pessoas afectadas foi de 6.646, como forma de responder ou conter os efeitos provocados pelas calamidades naturais foram doados às pessoas afectadas kit’s de abrigo e de produtos alimentares.

O porta-voz do Governo e vice-ministro da Justiça disse que em termos de impacto geral houve 37 óbitos, 41 feridos e mais 80 mil pessoas afectadas ou mais de 20 mil famílias afectadas. As chuvas e ventos fortes que se abateram um pouco por todo o país nas duas últimas semanas destruíram parcialmente 14.876 casas e totalmente destruídas perto de 5 mil, com maior incidência as casas cuja construção é de material precário. Foram também destruídas 687 salas de aula, 29 unidades sanitárias e 40 casas de culto. E

ntretanto, na 1ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, o governo apreciou dentre várias matérias, o Relatório da participação de Moçambique na XVIII Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da União Africana, realizada na capital etíope Addis Abeba, entre os dias 29 e 30 de Janeiro último e na Cimeira do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) igualmente realizada em Addis Abeba, a sede da Organização continental da União Africana (OUA).

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