A contribuição dos sectores das Pescas e de Alojamento é considerada pelo Banco de Moçambique (BM) de “não significativa” no Produto Interno Bruto (PIB), contra os cerca de 24% da Agricultura e 14% do PIB da área da Indústria.
Por seu turno, as áreas do Comércio e dos Transportes e Comunicações injectam no PIB moçambicano o correspondente a 12% e 10%, respectivamente, segundo ainda o banco central, salientando, entretanto, que o ressurgimento da actividade mineira é uma das áreas económicas a prometer “mais dinamismo nos próximos anos”, realça sem especificar o período temporal aquela instituição financeira que serve de banqueiro do Estado.
Entretanto, apesar de o sector agrícola injectar 24% do PIB, a produção agrícola é ainda “extremamente baixa”, no país, devido a choques climáticos que se registam, “o que significa que grande número da população moçambicana sofre de insegurança alimentar crónica”, segundo o Ministério da Planificação e Desenvolvimento no seu documento sobre Estratégia Nacional de Desenvolvimento em divulgação no país para recolha de mais subsídios.
PIB per capita
Entretanto, projecções do Governo estabelecidas até 2035 indicam que a produção anual de cada moçambicano (PIB per capita) deverá incrementar para o valor de cinco mil dólares norte-americanos, contra os actuais cerca de 500 dólares norte-americanos do PIB per capita.
Este crescimento ficará a dever-se à estabilidade macroeconómica de Moçambique a se registar ao longo dos próximos 23 anos.
Paradoxalmente, o Banco de Moçambique (BM) considera que o PIB per capita de Moçambique apresenta valores abaixo da média da África ao Sul do Sahara e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), isto apesar de registar uma média anual de crescimento económico de 8%.