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Os monitores do pleito russo dizem que foram expulsos do escritório

A Golos, agência independente de vistoria das eleições na Rússia, acusou as autoridades, esta Terça-feira, de estarem por trás duma tentativa de tirá-la do seu escritório para impedir a monitoria das eleições presidenciais de 4 de Março, que o actual primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, deve ganhar.

Os vídeos que a Golos, patrocinada pelo Ocidente, publicou na Internet, aumentaram as suspeitas da fraude eleitoral que provocaram os maiores protestos nos 12 anos de governo de Putin, depois de o seu partido, o Rússia Unida, ter ganho uma estreita maioria no Parlamento em Dezembro.

O vice-director-executivo da Golos, Grigory Melkonyants, disse que o senhorio do grupo, o periódico literário Literaturnaya Gazeta, vinha pressionando o grupo para sair do seu escritório no centro de Moscovo. “Hoje eles trouxeram-nos um pedaço de papel dizendo que a partir da Quarta-feira e até 6 de Março eles podem cortar a electricidade no escritório e disseram que era simplesmente melhor que saíssemos”, disse Melkonyants.

“Isso só aconteceria se alguém os pressionasse a fazer isso, não é uma iniciativa deles… É uma medida preventiva antes das eleições presidenciais. Eles precisam de interferir no trabalho da Golos”, disse.

Ele recusou-se a dizer quem achava que estava por trás da acção. A Literaturnaya Gazeta não respondeu aos telefonemas feitos pela Reuters.

A Golos pretende colocar um mapa interactivo na Internet das violações relatadas antes das eleições presidenciais, Quarta-feira, no mesmo dia que Melkonyants disse que a energia seria cortada.

Os sites da Golos foram bloqueados antes das eleições parlamentares de 4 de Dezembro, a sua directora, Liliya Shibanova, disse, na época, suspeitar ser uma campanha conduzida pelo Serviço Federal de Segurança, ou FSB.

A Golos, que é financiada pela Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos e por fontes europeias, foi acusada, ano passado, no que pareceu ser uma campanha de difamação, de ter usado dinheiro estrangeiro para trabalhar contra o Rússia Unida.

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