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CFM inicia nova reconstrução da linha férrea de Machipanda

A empresa pública Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) iniciou, Sexta-feira última, a reconstrução da linha férrea de Machipanda, acto que ocorre na sequência da rescisão do contrato com o consórcio indiano RICON, por incumprimento dos prazos das obras.

O troço, de 317 quilómetros, parte da cidade da Beira até o posto administrativo de Machipanda, província de Manica, e a sua reconstrução devia ter terminado até Dezembro de 2006, mas a concessionária indiana não conseguiu cumprir com os prazos, causando prejuízos ao Estado na ordem de 230 milhões de dólares americanos.

Falando na ocasião, o Primeiro-Ministro (PM), Aires Ali, destacou a importância deste troço para o país, uma vez que vai imprimir um maior dinamismo na ligação estratégica de e para diferentes pólos de desenvolvimento do país e das regiões circunvizinhas. Segundo o governante, do ponto de vista macroeconómico, a linha de Machipanda contribuirá para o transporte de mercadorias, com destaque para o granito, ferro crómio, trigo, fertilizantes, combustíveis e outros quer para o Zimbabwe quer para outros países da região.

“São empreendimentos como estes que, pela sua essência na programação de actividade económica e social do país, desempenham um papel muito valioso para a estabilidade, harmonia e paz entre os moçambicanos, bem como para estreitamento das relações de cooperação com os países vizinhos”, disse ele, citado pelo jornal Notícias.

A via-férrea de Machipanda faz parte do sistema ferroviário da Beira, que também integra a linha de Sena, que até princípios deste ano estavam sob gestão da Companhia de Caminhos de Ferro da Beira (CCFB), detida maioritariamente pelo consórcio indiano. Uma das grandes tarefas do consórcio indiano era de reabilitar a Linha de Sena, que possui uma extensão de 673 quilómetros desde a vila carbonífera de Moatize ao Porto da Beira, mas não conseguiu concluir as suas obras de reabilitação, cujo prazo inicial era Setembro de 2009. Este atraso causou grandes embaraços tanto para o Governo como para a empresa brasileira Vale que tencionava usar (já está a usar) a linha de Sena para escoar o carvão mineral produzido em Moatize, na província central de Tete.

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