A empresa Petróleos de Moçambique (PETROMOC) rubricou, Quinta-feira, em Maputo, um protocolo de intenções para estudar a viabilidade da produção e comercialização de etanol no país com as firmas Guarani (uma companhia subsidiária do grupo francês Tereos Internacional) e a Petrobras Biocombustível (subsidiária da Petrobrás).
A Tereos Internacional, por meio da sua subsidiária Guarani, é parceira da Petrobras Biocombustível numa fábrica de produção de açúcar em Moçambique, a Companhia de Sena, com capacidade de moagem de 1,2 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por ano.
Segundo um comunicado da firma francesa, citado pela Rádio Moçambique, o estudo também visa analisar a possibilidade de investimentos para produção de etanol com base no melaço actualmente produzido na unidade de Sena, centro de Moçambique.
“A expectativa é atender um novo mercado que deverá abrir-se em Moçambique com a introdução da mistura obrigatória de 10 por cento de etanol na gasolina (E10). Esta medida terá impactos positivos na redução da dependência de Moçambique por combustíveis importados, contribuindo para garantir a segurança energética no país”, refere o comunicado.
Segundo o documento, a produção de etanol poderá aproveitar as características naturais do país para promover o crescimento económico de forma sustentável, gerando empregos nas regiões mais carentes do país.
“O estudo alia a experiência da Petrobras na tecnologia da mistura de etanol à gasolina, bem como na comercialização e logística de derivados de petróleo e biocombustíveis, com o conhecimento da Petrobras Biocombustível e da Guarani na produção de etanol” lê-se no comunicado.
A Tereos ressalta que o protocolo também está alinhado aos planos do governo de Moçambique para implementação da sua política e estratégias de biocombustíveis, e da Petromoc para o desenvolvimento de um programa de mistura de etanol à gasolina, actuando na produção, comercialização e distribuição de etanol.