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Jacob Zuma desafia empresários em Moçambique

O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, desafiou os empresários sul-africanos e moçambicanos a denunciarem o “nó de estrangulamento” para a prática de negócios de “forma tranquila”, assegurando que ambos os governos vão criar um ambiente comercial favorável.

Falando, Quarta-feira, num seminário empresarial, no Maputo, Jacob Zuma disse que as autoridades governamentais de Moçambique e da África do Sul “farão tudo o que for possível” para facilitar que o quadro legal permita ao sector privado realizar negócio “num ambiente favorável”.

“Ajudem-nos a identificar o nó de estrangulamento para que vocês possam fazer negócio de forma tranquila”, apelou Jacob Zuma.

No quadro da visita de Estado de dois dias, que terminou, esta Quarta-feira, Jacob Zuma testemunhou a assinatura, Terça-feira, de sete acordos de cooperação entre os governos de Moçambique e da África do Sul, incluindo um sobre a segurança marítima e telecomunicações, visando aprofundar os laços políticos e económicos.

O Chefe do Estado sul-africano apelou ao cumprimento dos acordos até à realização da próxima cimeira bilateral entre Moçambique e a África do Sul, destacando a implementação dos projectos de cooperação, nomeadamente para a compra de energia da futura barragem de Mphanda Nkuwa por parte da companhia sul-africana de electricidade, ESKOM.

“O projecto de energia na África do Sul está muito lento. Tudo o que debatemos e prometemos tem de acontecer. Não é correcto prometer e não cumprir, não acho justo”, disse Jacob Zuma aos empresários sul-africanos e moçambicanos.

ESKOM está a negociar

Segundo a imprensa dos dois países, a ESKOM está a negociar com os accionistas da futura barragem no sentido de se assumir como futuro cliente de Mphanda Nkuwa, porém ainda prevalecem dúvidas sobre a concretização do projecto.

Esclarecendo o alcance do discurso, o ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, Armando Inroga, explicou que as declarações de Jacob Zuma devem-se ao facto de o Governo sul-africano considerar que os empresários sul-africanos não estão a cumprir com o compromisso de envolvimento no projecto.

“De alguma maneira, o Governo sul-africano sente que há alguma letargia por parte dos actores sul-africanos no desenvolvimento de negócios e o Presidente Zuma pretendeu dar um impulso ao sector privado sul-africano para que cumpra aquilo que promete dentro daquilo que são os programas estabelecidos entre os dois países”, disse Armando Inroga.

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, considerou, contudo, que, em Moçambique, “foram já tomadas medidas de grande impacto, cujos resultados se têm traduzido no aumento do fluxo de investimento e numa cada vez melhor regulamentação da actividade comercial”.

Este aumento, disse o Chefe do Estado, é fruto de um “mecanismo de diálogo entre o sector privado e o Governo que permite a criação de ambiente favorável para o negócio”.

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