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Deputados do Parlamento divergem quanto ao desfecho da sessão de perguntas ao governo

Os três partidos políticos com representação no parlamento moçambicano (AR) divergiram, Quarta-feira, quanto ao desfecho da sessão de perguntas ao Governo.

Enquanto a Bancada da Frelimo diz ter sido um sucesso porque o executivo conseguiu espelhar as acções que têm realizado e os respectivos desafios que enfrenta na luta que se trava contra a pobreza, parte da oposição concluiu que o executivo da Frelimo nada tem feito desde que assumiu os destinos do país, em 1975.

O deputado Francisco Brás Muchanga disse, por exemplo, que o executivo se mostrou, mais uma vez, firme e sereno nos seus planos de desenvolvimento do país.

Ele pediu, por essa razão, que o Governo continue a construir, como também tem vindo a fazer, mais infra-estruturas sociais e económicas.

Por outro lado, a deputada Francisca Domingos, também da Frelimo, acusou a Renamo de ter desperdiçado, mais uma vez, uma oportunidade para discutir, com o executivo, ideias construtivas que ajudem a nação moçambicana a desenvolver. “Continuam a discutir pessoas e não ideias que possam fazer o país andar”, disse Francisca Domingos.

Segundo ela, a Renamo sabe muito bem quais foram os feitos do executivo da Frelimo desde que terminou a guerra, em 1992. Ela exemplificou que em 1992 ninguém podia transitar de carro, a partir do Rovuma até chegar a Maputo. “Mas hoje isso é realidade”, sublinhou a deputada, para quem, nessa altura, muitos deputados da Renamo, nem se quer tinham o ensino secundário, mas hoje são licenciados e doutores. “Isso tudo é graças a acção do executivo da Frelimo”, afirmou Domingos.

Enquanto isso, José Manteigas, da Renamo, disse que o Governo demonstrou “distracção e desiderato de aumentar a sua musculatura financeira e política”. Ele afirmou que “se fossemos a avaliar as respostas que ouvimos, a nota seria 0 (zero) numa escala de 0 (zero) a 10 valores”.

Reagindo a esta afirmação, a Frelimo, através da deputada Francisca Domingos, disse que a Renamo nem se quer tem instrução de como é que se classifica, porque nenhum professor pode dar nota zero a um executivo que muito está a fazer pelo bem do país e do seu povo.

Por seu turno, o MDM, mesmo sem reprovar os feitos do Governo, disse que este mesmo executivo subestimou a questão da transformação dos serviços ferro-portuários.

É que Moçambique herdou um sistema ferro-portuário que, no período colonial, servia mais o ‘interland’ e não os planos de desenvolvimento integral do país, incluindo uma linha férrea que unisse o Norte e o Sul do país. Para o MDM, esta realidade não pode prevalecer volvidos 36 anos depois da independência nacional.

Segundo esta formação, com apenas oito deputados, é necessário que o Governo pense rapidamente numa política de transporte que abranja o sector marítimo e de cabotagem, indicando que “o que tem sido feito é insignificante para a grandeza da costa moçambicana”.

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