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Dhlakama desqualifica resultados das eleições intercalares

O líder da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, desqualificou os resultados das eleições intercalares realizadas, última Quarta-feira, nos municípios de Pemba, Cuamba e Quelimane, nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Zambézia, respectivamente.

Estas eleições foram marcadas pela vitória do candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Manuel de Araújo, no município de Quelimane, e dos candidatos da Frelimo em Pemba e Cuamba, Tagir Carimo e Vicente Lourenço, respectivamente.

“Aquilo não é nada”, disse Dhlakama quando convidado a comentar a vitória do MDM em Quelimane, à sua saída do encontro com o Presidente da República, Armando Guebuza, havido, Quinta-feira, em Nampula, a pedido do líder da Renamo.

“Não é um problema contra o MDM ou a Frelimo. O facto é que aquelas eleições são ilegais e por isso nós não concorremos. Estas eleições foram feitas nas condições das leis ilegais e a Renamo é um partido que lutou pela democracia e não pode andar a fazer coisas para legitimar ilegalidades senão vão me perguntar porque o Dhlakama ficou 10 anos no mato”, acrescentou.

Desde o início, a Renamo discordou com a realização das eleições intercalares, alegando que se tratava de “jogatanas da Frelimo para legitimar interesses obscuros” e por considerar que não havia razão para tal, sobretudo numa altura em que os recursos financeiros escasseiam.

Entretanto, o MDM viu, nestas eleições, uma oportunidade e lançou candidatos para os três municípios, tendo conseguido vencer apenas em Quelimane, capital provincial da Zambézia.

Assim, o MDM passa a contar com dois municípios em sua gestão, nomeadamente Beira, em Sofala, liderado por Deviz Simango, presidente do partido, e Quelimane, autarquia que passa a ser encabeçada por Manuel de Araújo.

Moçambique conta com um total de 43 autarquias, entre cidades e vilas, das quais 41 estão sob gestão da Frelimo, partido no poder.

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