Embora seja favorito para conquistar o seu segundo título mundial em três anos, o Barcelona sabe que os 20 mil quilômetros da viagem de ida e volta ao Japão poderão ter um custo elevado.
Travando uma disputa acirrada com o Real Madrid pela liderança do Campeonato Espanhol, a equipa catalã disputará no próximo fim de semana o clássico contra seus arquirrivais, antes de embarcar para o Oriente. O Mundial de Clubes começa na quinta-feira, mas o Barcelona, a exemplo do Santos, campeão da Libertadores, só entra na disputa a partir das semifinais.
Barça e Santos são os favoritos para disputar a decisão. O Kashiwa Reysol, que no fim de semana sagrou-se campeão japonês pela primeira vez, abre o torneio na qualidade de equipe anfitriã, enfrentando o Auckland City, campeão da Oceania, num jogo qualificatório. O vencedor dessa partida joga uma das quartas de final contra o mexicano Monterrey, no domingo. Quem ganhar faz a semifinal contra o Santos, no dia 14. A outra semifinal, no dia 15, oporá o Barcelona a um rival árabe – que pode ser o tunisino Espérance, campeão da África, ou o catariano Al Sadd, campeão da Ásia. Eles se enfrentam no próximo domingo.
Exceto em caso de surpresa, Santos e Barcelona devem jogar a final. Para os marcadores do Barcelona, todas as atenções estarão voltadas para o atacante Neymar, que recentemente decidiu permanecer no Santos até 2014, a despeito de milionárias ofertas feitas por diversos clubes europeus – inclusive o próprio Barça.
O Santos não participava de uma disputa tão importante desde a época de Pelé, há quase meio século, quando a equipa foi bicampeão mundial e da Libertadores em 1962/63.
Além de pensar no Mundial, o Barcelona não pode descuidar da disputa na Espanha. A equipa está três pontos atrás do Real, que tem um jogo a menos, o que torna o clássico de sábado em Madri ainda mais importante. O Barça levará ao Japão uma equipe estrelada, que inclui os campeões do mundo Xavi, Andrés Iniesta, David Villa e Cesc Fábregas, liderados por Lionel Messi. Mas a distância até o Japão será um adversário a mais.
“Precisaremos nos adaptar rapidamente”, disse Fábregas ao site Fifa.com. “Será uma longa jornada, com complicações de fuso horário envolvidas, e vamos para um jogo difícil com pouquíssimo tempo para nos prepararmos.” “Isso é o Barcelona”, acrescentou Fábregas. “Estamos obrigados a ganhar todos os jogos. É o que as pessoas esperam. Isso torna (a vitória) obrigatória para nós, e temos de cumprir.”