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Manica espera crescimento económico de 15 mil milhões de meticais

A província de Manica, centro de Moçambique, prevê um crescimento económico, em 2015, da ordem de 15 mil milhões de meticais de produção global, com a implementação do seu Plano Estratégico de Desenvolvimento. Dados apontam para a colecta em 2010, de cerca de dez mil milhões de meticais. A província espera um crescimento económico anual em dez por cento.

“Com o acervo de recursos, aliado ao ambiente favorável de negócios e um clima de paz, e todo o valor que caracteriza o povo moçambicano em geral, e a população da província de Manica em particular, ousamos desenhar projectos que estimam em dez por cento a média de crescimento anual”, disse a governadora provincial, Ana Comoane, falando, Sexta-feira, após o lançamento do plano pelo ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, em representação do Primeiro-Ministro, Aires Ali, que não se deslocou a Manica por questões de agenda.

As autoridades governamentais regozijam-se pelo estabelecimento de um plano que poderá permitir um incremento económico na ordem de 15 mil milhões de meticais, saindo dos actuais dez mil milhões, os quais foram alcançados em 2010, altura em que esteve vigente o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Manica (PEDPM), lançado no ano 2007.

Segundo o “Diário de Moçambique”, o actual plano estratégico cujo período de vigência iniciou, Sexta-feira, com o seu lançamento, preconiza, entre outros pontos, o aumento de 369 para 774 habitações condignas para jovens, funcionários e agentes do Estado, o crescimento do número de salas de aula de 4.165 para 4.940, aumento de 37.159 para 80.099 jovens e adultos alfabetizados.

O plano também tem em vista o alargamento do ensino técnico para distritos, passando dos actuais dois para cinco o número de distritos com a disponibilidade deste tipo de ensino.

Na Saúde, concretamente no que diz respeito ao desenvolvimento humano e social, prevê-se o aumento de 50.074 para 56.933 partos institucionais nas unidades sanitárias da província.

Neste sector destaque também vai para a cobertura de tratamento com medicamentos anti-retrovirais, onde se pretende sair das actuais 14.932 pessoas atendidas para 58.430 doentes, passando dos 23 por cento do nível de acesso, para noventa por cento.

A distância média percorrida pela população para alcançar uma unidade sanitária mais próxima, ficará reduzida com a concretização do plano, passando de 14,3 quilómetros, para dez quilómetros.

Ainda no âmbito do desenvolvimento humano, Manica quer incrementar a assistência aos grupos vulneráveis de 126.660 para 559.960 pessoas que estejam na situação de vulnerabilidade aos efeitos da pobreza.

Serão distribuídos meios de compensação a 1.009 pessoas que contraíram deficiência em combates na última guerra, assistência essa que poderá superar os anteriores 432 beneficiários.

As actividades constantes do plano ora lançado contemplam também o aumento da taxa de cobertura de abastecimento de água às zonas rurais, de 71 para 90 por cento; e de 41 para 68 por cento às zonas urbanas. O ministro Armando Inroga considerou o dispositivo como uma base segura para tomada de decisões e para o estabelecimento de parcerias.

Adiantou que o mesmo enfatiza e consolida o papel do Governo Provincial de Manica, na promoção do desenvolvimento económico, social, ambiental e cultural, incentivando e estimulando o incremento de investimentos públicos e privados, com enfoque na provisão de serviços e infra-estruturas básicas, além do aumento da produção e da produtividade e, “desta forma contribuir para a redução dos níveis da pobreza rural e urbana”.

Para Inroga, o plano estratégico constitui um valioso instrumento orientador, no contexto da luta contra a pobreza, que é “o nosso maior desiderato. O Governo, como um todo, juntamente com o sector privado e a sociedade civil e seus parceiros de cooperação, precisam duma visão clara dos objectivos a serem alcançados, dum mapa do caminho a trilhar para responder às necessidades da sociedade através da melhoria da vida das populações”.

Descreveu que a localização de Manica, quer no contexto nacional como regional, sobretudo ao nível da SADC, “associado ao seu invejável potencial agroecológico, com clima e solos favoráveis à produção agro-pecuária, o acervo florestal, a riqueza geológica, com abundância de recursos minerais como ouro, bauxite, turmalina e águas marinhas, o seu relevo oferecendo grandes oportunidades para construção de barragens para a produção de energia eléctrica, a sua flora e fauna, convidam-nos a reflectir sobre como explorar cada vez melhor e de forma sustentável estas potencialidades, maximizando os benefícios às comunidades locais”.

O lançamento do plano foi seguido de uma conferência de investimentos, envolvendo vários actuantes nesta área tanto nacionais como estrangeiros, um encontro que visa tornar ainda mais capitalizados os investimentos privados naquela parcela do país, um evento que termina hoje.

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