Os ministros estrangeiros da Liga Árabe concederam nesta quarta-feira três dias ao governo sírio para que aceite encerrar a repressão aos manifestantes e permita equipes de observadores. Os chanceleres, que reuniram-se na capital marroquina, não disseram o que aconteceria se Damasco não aceitar o compromisso.
Questionado se tratava-se de uma última tentativa diplomática, o chanceler do Catar, xeique Hamad Bin Jassim al-Thani, disse a repórteres: “Não queremos falar sobre última tentativa porque não queremos que soe como uma advertência.” “O que posso dizer é que estamos perto de encerrar o curso no que se refere aos esforços (da Liga Árabe) neste front.”
Um comunicado emitido no final da reunião em Rabat informa: “observadores serão enviados para a Síria se o governo sírio aceitar o acordo dentro de três dias a partir de hoje e uma vez que a violência e a matança parem de acontecer”. “Os observadores irão certificar-se de que (forças de) segurança e milícias pró-governo da Síria não ataquem as manifestações pacíficas … (e) garantirão que todos os armamentos sejam retirados de cidades e áreas habitadas que testemunharam ou estão testemunhando protestos”, disse a nota.
A Liga Árabe já tinha proposto o envio de observadores para a Síria como parte de um roteiro para acabar com a violência. O governo sírio concordou com o plano no início deste mês, mas ele não foi implementado.
Em entrevista coletiva após a reunião dos ministros nesta quarta-feira, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, disse que o momento não era o correto para realizar uma cúpula da Liga sobre a Síria. A Liga pediu a seus especialistas que fizessem o rascunho de um plano para impor sanções econômicas à Síria para pressionar o país a encerrar a repressão.
A organização árabe afirmou há quatro dias que sanções seriam impostas. O comunicado desta quarta-feira pediu aos ministros da Economia para “conhecer e estudar o aspecto econômico na execução de (sanções à Síria) … e apresentar recomendações ao Conselho da Liga Árabe na sua próxima reunião.”