A administração do distrito de Mueda, zona norte de Cabo Delgado, apreendeu quantidades não especificadas de madeira serrada ilegalmente por tanzanianos que operam na área do posto administrativo de Negomano.
Segundo o jornal Diário de Moçambique, madeira estava a ser contrabandeada através da fronteira do rio Rovuma, que divide Moçambique e Tanzania. A apreensão da madeira explorada ilegalmente resulta de uma acção de fiscalização das áreas potencialmente ricas em recursos florestais e faunísticos, como é o caso do posto administrativo de Negomano, onde frequentemente são reportadas situações de contrabando de recursos naturais.
O administrador de Mueda, Xavier Vansela, disse que a recente acção de fiscalização foi realizada por uma equipa multi-sectorial que, em ocasiões anteriores, já havia levado à recuperação de madeira na rota do contrabando por parte de estrangeiros, nomeadamente tanzanianos, e à neutralização de facilitadores moçambicanos. Ele denunciou a existência de casos frequentes de contrabando de madeira em Negomano, facilitado por líderes comunitários aliciados em troca de dinheiro e bens de primeira necessidade, segundo constatou a equipa multi-sectorial que desencadeou a acção de fiscalização de recursos florestais e faunísticos.
Os exploradores ilegais de madeira, de acordo ainda com o administrador Vansela, destroem indiscriminadamente os recursos florestais e faunísticos, face à fragilidade da fiscalização, desprovida de meios logísticos para um melhor desempenho. Contudo, a fonte destacou a colaboração da população e dos fiscais da Reserva do Niassa na luta contra o contrabando de madeira e outros recursos naturais.