A falta de dinheiro e de técnicos para as obras de reabilitação da casa mortuária do Hospital Provincial do Chimoio (HPC), a maior unidade sanitária da província de Manica, está a condicionar o desenvolvimento do projecto, o qual inclui o aumento da capacidade das câmaras para 20 corpos.
Segundo o jornal Diário de Moçambique, o Concelho Municipal de Chimoio avança que ainda não tem disponíveis as verbas necessárias à execução do trabalho. As obras deverão consistir igualmente na ampliação da casa mortuária, na sua totalidade, estendendo-se até à capela onde decorrem os cultos religiosos em memória dos falecidos. A capela actual apresenta-se exígua para tantas pessoas que ali acorrem diariamente. Este projecto faz parte do manifesto eleitoral de Raúl Conde Marques Adriano, actual edil de Chimoio, apresentado aquando da sua candidatura ao cargo, segundo confirmou o próprio. A materialização do projecto também está dependente da mão-de-obra, cujas capacidades actualmente estão aquém do desejado.
Dados apurados pelo jornal Diário de Moçambique apontam para a necessidade de contratação de cerca de cem técnicos e auxiliares em várias áreas daquele organismo autárquico, cujos processos ainda seguem os seus trâmites legais. Raúl Conde disse esperar que deste grupo que deverá engrossar o efectivo de pessoal do Conselho Municipal de Chimoio possam entrar os técnicos de obras públicas em condições de levar a cabo as obras de reabilitação da casa mortuária do HPC.
Entretanto, algumas famílias estabeleceram as suas residências no interior do cemitério de Chissui, concebido pelas autoridades municipais para enterrar os mortos. No cemitério de Chissui, em Chimoio, está estabelecida uma aparente disputa protagonizada pelos vivos, que procuram tirar espaço aos mortos, sendo notória a existência de residências nas proximidades das campas, no interior do cemitério. Estima-se que pelo menos dez famílias estejam ali a viver.
O presidente do Concelho Municipal afirmou estar para breve a retirada dessas famílias, o que antes passará por acções de sensibilização para que estas abandonem o local voluntariamente. A Reportagem do Diário de Moçambique soube também que está em perspectiva a abertura de outro cemitério na zona onde se encontra o aeródromo de Chimoio.