Resultante de um investimento estimado em cerca de 800 milhões de dólares norte-americanos, a indústria açucareira moçambicana incrementou em 55% o número de novos postos de trabalho abertos entre 2005 e 2009, estimado em cerca de 36 mil trabalhadores empregues nos períodos de pico das campanhas.
Estimativas das autoridades governamentais que superintendem a indústria moçambicana de açúcar apontam que mais de 150 mil pessoas dependem daquele sector produtivo para a sua subsistência, garantida por cerca de 51 milhões de dólares por ano que é o montante desembolsado anualmente para a folha de salários das quatro fábricas açucareiras.
Este valor cresceu em cerca de 200%, comparativamente ao que era desembolsado nos anteriores cinco anos pelas mesmas unidades produtivas de açúcar para abastecimento do mercado interno e para exportação.
Exportações Já em termos de receitas de exportação, o investimento acima apontado aplicado nas fábricas de açúcar de Maragra e Xinavane, na província do Maputo, e de Mafambisse e Marromeu, em Sofala, deverá resultar num encaixe de 117 milhões de dólares norteamericanos, em 2012, contra 91 milhões de dólares esperados até finais de 2011 como receitas a arrecadar na exportação de açúcar.
Projecta-se exportar até 2015 cerca de 300 mil toneladas métricas deste produto tradicional, gerando potencialmente uma receita de 130 milhões de dólares por ano.
Refira-se, entretanto, que os cerca de 800 milhões de dólares investidos na indústria estão a ser gastos em trabalhos de aumento das áreas de produção de açúcar e na área de irrigação contra períodos de estiagem.
A cana sacarina que serve de matéria-prima para as fábricas está a ser produzida por 17 associações de camponeses, agrupando 1461 membros que fornecem por campanha cerca de 40 mil toneladas métricas de cana.
Os produtores familiares desta cultura já beneficiaram de 674 cursos de formação profissional para melhorar a qualidade da sua produção.