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Lançado concurso para construção da fábrica de painéis solares

O Fundo de Energia (FUNAE) de Moçambique lançou, há dias, um concurso público para a contratação de uma empresa indiana que irá construir a fábrica de painéis solares no país. Segundo o FUNAE, as propostas deverão ser entregues até ao dia 7 de Novembro próximo. A empresa a ser seleccionada deve ser indiana, atendendo que o financiamento para a construção da fábrica, no montante de 13 milhões de dólares norte-americanos (USD), foi concedido pelo Banco de Exportações e Importações (Exim) da Índia.

Além de ser indiana, a empresa que irá construir a fábrica deverá ter um património líquido mínimo de 30 milhões de dólares (USD) e uma facturação anual de 100 milhões USD, durante os últimos três anos.

A empresa que se candidatar deverá, igualmente, ter uma disponibilidade de créditos dos bancos na ordem de 100 milhões USD. As firmas candidatas devem estar no negócio há pelo menos 10 anos, ter uma experiência de cinco anos trabalhando em África e três anos em Moçambique.

A fábrica, a ser construída em Beluluane, distrito de Boane, vai produzir módulos fotovoltaicos com capacidade de gerar cinco mil megawatts por ano.

No dia 17 de Dezembro de 2009, o governo moçambicano lançou a primeira pedra para a construção daquela unidade fabril. A construção da fábrica vai permitir a redução dos custos de importação dos painéis solares, com implicações directas nas possibilidades das populações de baixa renda ter acesso à energia eléctrica na base destes sistemas.

Estimativas indicam que Moçambique gasta, anualmente, entre cinco a seis milhões de Dólares Norte-americanos (USD) na importação e instalação de painéis solares.

Na fase de construção, este empreendimento vai criar 700 postos indirectos de trabalho, efectivo que deverá baixar para 70 empregos directos quando entrar na fase de produção, incluindo 15 engenheiros a serem treinados na Índia, para a montagem de painéis solares.

A prioridade desta fábrica será a de abastecer o mercado nacional sem, portanto, abdicar das oportunidades de exportação que possam surgir, sobretudo para a região da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

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