Um incêndio de grandes proporções registado, Segunda-feira passada, em Caia, província de Sofala, Centro de Moçambique, destruiu um total de 157 barracas e 10 residências, sem, no entanto, provocar vitimas humanas.
Segundo o Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP), este incidente, registado por volta das oito horas da manhã, foi causado por queima de capim numa das barracas, tendo depois se alastrado pelo resto dos estabelecimentos de construção precária e nas 10 residências localizadas ao redor do mercado local.
Segundo o porta-voz do SENSAP, David Cumbane, apesar de não haver vítimas humanas, os danos materiais provocados por este incêndio são consideráveis, uma vez que todas as barracas e residências foram consumidas pelo fogo.
“As pessoas não devem fazer queimadas sem que tenham certeza de que o fogo não se vai alastrar ou devem fazer faixas para conter o fogo. Outra maneira é disponibilizar extintores para debelar o fogo, o que não houve neste caso de Caia e a desgraça caiu nessas famílias afectadas”, disse Cumbane, falando no habitual briefing semanal com a imprensa.
Ainda em Sofala, desta feita no distrito de Nhamatanda, bairro Eduardo Mondlane, o SENSAP registou um incêndio ocorrido numa residência de construção precária em resultado de uma descarga atmosférica. O incidente resultou na morte de três pessoas, sendo duas crianças e um idoso, e em danos materiais consideráveis.
No total, em toda a semana passada, o SENSAP registou 24 ocorrências, entre incêndios, acidentes de viação, naufrágios e outros. Estes casos resultaram na morte de 12 pessoas e ferimento de outras 23, das quais 21 em estado grave.
No âmbito das suas actividades preventivas, os bombeiros realizaram 48 inspecções e uma vistoria a estabelecimentos comerciais.
De acordo com o relatório dos bombeiros, nenhum dos estabelecimentos inspeccionados possuíam sinalética de segurança, como de saídas de emergência ou de evacuação, localização de extintores, entre outros.
Por outro lado, a vistoria realizada num estabelecimento comercial constatou que apesar da existência de extintores, os trabalhadores não possuem formação em matérias de segurança contra incêndios.