O Ministro moçambicano da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue, lançou, Quinta-feira, em Maputo, os Centros de Apoio a Inovação e Tecnologia (TISC), uma plataforma que vai permitir a pesquisa e selecção de informação tecnológica, com base em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s).
Trata-se, Segundo Massingue, de centros que também serão construídos nas províncias e distritos, e que vão disponibilizar informação tecnológica sobre patentes.
A mesma poderá ser usada pelos inovadores, estudantes, investigadores, pequenas e medias empresas, no desenvolvimento de projectos de inovação.
Sem avançar os custos, Massingue explicou que, numa primeira fase, irão funcionar três centros em Maputo, um nas instalações do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), um outro no Instituto de Propriedade Industrial (IPI) e, o terceiro, na Faculdade de Engenharias da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
Em Moçambique foram identificados 105 inovadores nacionais dos quais 35 da província e cidade de Maputo, Sul do país, que já estão a beneficiar de apoio para o registo de patentes e no desenvolvimento de protótipos.
Muitos outros não registados existem em diferentes partes do território nacional. A iniciativa, que, segundo Massingue, se insere na implementação de um acordo rubricado, em Setembro de 2010, pelo Executivo e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, visa contribuir para o crescimento continuo dos inovadores moçambicanos, principalmente na melhoria dos resultados das suas actividades.
O Ministro reconheceu que “os desafios ainda são enormes, entre os quais a expansão do centro para as províncias e distritos para que os inovadores estejam cada vez mais próximos da plataforma em alusão”.
Massingue disse estar ciente de que a formação em curso, envolvendo inovadores, investigadores, docentes e representantes de pequenas e medias empresas em matérias de pesquisa de patentes, vai permitir a maximização do uso dos centros em referencia por parte dos técnicos do MCT e do IPI.
A ideia é identificar os inovadores, apoiar a melhoria técnica e cientifica das inovações, registar patentes, bem como financiar os projectos de inovação para saírem de ideias a fase de protótipo.
“A actividade de inovação no país está a conseguir identificar soluções tecnológicas que permitem melhorar a qualidade de vida dos moçambicanos numa clara manifestação de responsabilidade em relação a mudança da situação de pobreza em que vive a maioria para uma situação de bem-estar”, afirmou Massingue.