O volume das importações de automóveis reduziu em cerca de 53 milhões de dólares norteamericanos e o de cereais em 110 milhões de dólares, em 2010, devido à apreciação da divisa dos Estados Unidos da América (EUA), face à moeda nacional, o Metical.
No quarto trimestre de 2010, refira-se, a divisa moçambicana registou uma depreciação média de 19,34% em relação ao USD, situação invertida desde o início de 2011, tendo registado em Março passado uma apreciação de 6,18%, face àquela moeda.
No mesmo período, a importação de materiais e equipamentos destinados ao sector da Indústria Transformadora reduziu em 20,8%, situando-se em 425 milhões de USD, igualmente, em 2010, segundo o Instituto para Promoção das Exportações (IPEX), no seu informe apresentado por ocasião da realização da 47ª edição da Feira Internacional do Maputo (FACIM), a decorrer até próximo domingo, dia 4 de Setembro, na região de Ricatla, distrito de Marracuene, no Maputo.
Cobertura de importações
Relativamente à cobertura das importações, o IPEX aponta ter-se registado uma recuperação de 6%, para 69%, comparativamente a 2009, “mas ainda inferior às taxas alcançadas nos últimos cinco anos”, realça aquela instituição dependente do Ministério da Indústria e Comércio (MIC).
Excluindo os grandes projectos, “o cenário é mais problemático”, sublinha o IPEX, explicando que as exportações cobriram no período em análise apenas um quarto (¼) das importações, sendo a taxa mais baixa do quinquénio.
IDE
Entretanto, o incremento das importações das grandes empresas do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) teve como consequência o crescimento do peso destas no volume dos pagamentos ao exterior, em cerca de 23%.
A África do Sul é o país que, em 2010, registou a taxa de 33%, em termos de origem das importações moçambicanas, seguida pela União Europeia (UE) com 26% e China 4%, enquanto os Estados Unidos da América (EUA), outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e o Médio Oriente contribuíram com 3% cada.