Um membro da Polícia da República de Moçambique (PRM) afecto a Guarda Fronteira em Morrumbala, na província da Zambêzia, que havia sido retido por homens da chamada guarda do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foi libertado esta quarta-feira seis horas após a detenção.
Segundo a Rádio Moçambique, a soltura do agente da PRM aconteceu após duas horas de negociações que envolveram o Comandante da corporação no distrito de Morrumbala, António Zainda, e os homens armados que escoltam Dhlakama na sua visita à região desde segunda-feira. Zainda disse que a arma que o agente agora em liberdade tinha consigo na altura da sua “prisão” permanece ainda em poder dos homens de Afonso Dhlakama, que prometeram fazer a sua devolução apenas esta quinta-feira. Acrescentou que o agente policial goza de boa saúde e tudo indica que não terá sofrido nenhuma sevícia durante o tempo que permaneceu em cárcere privado.
O Comando da PRM em Morrumbala prometeu averiguar os reais motivos que levaram à detenção ilegal do seu membro. A Renamo, por sua vez, diz que irá falar sobre o assunto nesta quinta-feira.
O Líder da Renamo encontra-se na província central da Zambêzia desde o passado domingo, ido da província de Cabo Delgado, no quadro de um périplo destinado a contactar com os membros e simpatizantes do seu partido, após vários meses sem aparecer em público.
O agente da PRM agora libertado está destacado no Posto Administrativo de Chire, junto à fronteira com o Malawi, e na altura do seu sequestro as 14 horas de quarta-feira, acabava de chegar à vila de Morrumbala de passagem para o Posto fronteiriço de Megaza em missão de serviço.
Segundo o Comandante da PRM em Morrumbala, António Zainda, os homens armados da guarda de Dhlakama terão sequestrado o agente da PRM no interior de um bar, onde se encontrava a tomar um refrigerante, forçando-o a acompanhá-los até uma pensão onde encontram hospedados.