Para não variar, já estão a vir ao de cima dados sobre casos de examinandos surpreendidos a cabular, naquilo que, eufemisticamente, se designa por “fraude académica” em Moçambique. De acordo com o Presidente da Comissão Nacional de Exames e Equivalências, Jafete Mabote, até esta terça- feira (segundo dia dos exames) já haviam sido contabilizados mais de 100 casos de “copianço” à escala nacional.
Como tem sido habitual, a província do Maputo lidera a lista das regiões prevaricadoras com 33 casos, seguida do Maputo-cidade (10), Gaza (cinco), Cabo Delgado, Manica e Tete com entre um e dois casos cada.
Falando, esta terça-feira, à media, em jeito de balanço dos primeiros dois dias das correntes avaliações, Mabote especificou que os casos em destaque têm a ver com o porte de telemóveis e cábulas, troca de informações entre os examinandos em plena sala de testes e casos de alunos matriculados surpreendidos a prestar provas exclusivamente reservadas a pessoas que não estão a frequentar as aulas.
Para além daqueles que não puderam matricular-se em nenhuma escola – seja ela pública ou privada –, os exames em curso são apenas reservados àqueles indivíduos que dentro dos prazos regulamentados tenham anulado a matrícula.
Inhambane e Niassa “imaculadas”
As províncias de Inhambane e Niassa são até agora as que se podem considerar de “imaculadas”, enquanto das restantes províncias aqui não referenciadas ainda não haviam chegado informações sobre eventuais incidentes ao Ministério da Educação até à altura em que Mabote concluiu os preparativos para a conferência de imprensa dada terça-feira.
Para os exames extraordinários deste ano foram inscritos 7142 alunos, para a décima classe, que estão a ser examinados em 79 centros criados para o efeito, enquanto 39.098 alunos foram inscritos para a décima segunda classe e para prestarem provas em 69 centros.
