O Fundo de Investimento e de Patrimonio de Água (FIPAG) diz ter já ultrapassado as metas do Plano Económico e Social (PES) deste ano em relação ao fornecimento de água canalizada a mais famílias em Moçambique.
Com efeito, o FIPAG realizou 34 mil novas ligações no semestre passado, o que representa um cumprimento do PES em cerca de seis por cento, em relação a meta de 32 mil ligações estabelecidas para todo o ano.
Este sucesso, que se verifica pela primeira vez na história do FIPAG, foi anunciado pelo Presidente do Conselho de Administração desta instituição, Nelson Beete, falando em Nacala-Porto, província nortenha de Nampula, onde o FIPAG se encontra em retiro nacional.
“Conseguimos atingir as metas do PES no primeiro semestre, já fizemos 34 mil novas ligações domésticas, das 32 mil que constavam como meta e, em consequência disso, cerca de 200 mil pessoas passaram adicionalmente a beneficiar dos nossos serviços”, disse Beete, citado pelo “Notícias” de Terça-feira.
Para alcançar estas metas, o FIPAG investiu 400 milhões de meticais (cerca de 14 milhões de dólares americanos), na sua maioria alocados pelo Governo moçambicano.
Segundo Beete, este sucesso deveu-se à revitalização das Águas de Moçambique, empresa da qual o FIPAG passou a ser accionista maioritário em princípios deste ano, aliada a decisão do governo de reduzir os custos de ligações domésticas, para além do potencial humano da instituição.
Ainda este ano, além das ligações domésticas, o FIPAG realizou investimentos em sistemas de abastecimento de água urbano, com a construção do sistema de Chicamba, que irá abastecer simultaneamente as cidades de Manica, Chimoio e a vila de Gondola, na província central de Manica.
Além disso, esta instituição pública reabilitou e expandiu o sistema de abastecimento de água de Maputo, que servirá a vila de Boane bem como os municípios de Matola e de Maputo.
Outras intervenções incluíram a reabilitação e expansão dos sistemas de Lichinga e Cuamba, província nortenha de Niassa, bem como a construção do centro distribuidor de Quelimane, na província central da Zambézia.
No capítulo referente ao abastecimento de água, o Plano Quinquenal do Governo prevê o fornecimento deste precioso líquido a 70 por cento da população nacional, nos próximos três anos.
Actualmente, cerca de metade da população moçambicana, estimada em pouco mais de 20 milhões de habitantes, ainda não tem acesso a água potável.