A instalação de novos equipamentos nas fábricas de cimento da Matola e do Dondo, nas províncias de Maputo e Sofala, Sul e Centro do país, respectivamente, já foi concluído, o que faz antever que a importação deste recurso, por parte da Cimentos de Moçambique, está próximo do fim.
Francisco Rafael, Director Comercial da Cimentos de Moçambique, disse que devido a montagem de novos equipamentos, a empresa teve que recorrer à importação do cimento através de empresas do Grupo Cimpor, o accionista maioritário.
Rafael, citado, Segunda-feira, pelo “Diário de Moçambique, revelou que brevemente vão arrancar os trabalhos de melhoramento da linha de “ensacagem” na fábrica de cimento de Nacala, já no Norte de Moçambique.
“Depois de terminados os trabalhos na unidade fabril de Nacala, estará criada a capacidade para abastecer os mercados do Sul, Centro e Norte. A fábrica da Matola vai abastecer a zona Sul com uma média de 50 mil sacos diários, outros 20 mil para o Centro, através da fábrica de Dondo, e 15 mil para a região Norte, a partir da fábrica de Nacala”, explicou Rafael.
Segundo a fonte, neste momento, a produção nas três fábricas regista um incremento e estabilidade, com a conclusão dos testes dos novos equipamentos nas fábricas da Matola e de Dondo.
“As importações já estão no fim, salvo algumas quantidades complementares recentemente descarregadas na zona Centro”, explicou Francisco Rafael.
Ele reconheceu a existência de discrepâncias na fixação dos preços, tendo explicado que a empresa possui tabelas de preços aplicáveis por cada uma das fábricas, que são fixadas em vitrinas locais.
Quanto aos revendedores, “recomendamos apenas aos nossos clientes o preço a praticar na revenda, mas sem carácter vinculativo. Num mercado que se pretende livre e aberto, cabe às entidades oficiais do comércio a tarefa de controlar os preços e corrigir eventuais discrepâncias”, disse Rafael.
A fonte reconhece a existência de margens legais que os revendedores deviam obedecer mas que não cabe à empresa controlar a implementação desses princípios. Alguns círculos de opinião reclamam que a empresa vende cimento importado como se fosse seu produto, o que Francisco Rafael refutou.
“Não é verdade que os sacos não têm registo de proveniência. Todo o cimento por nós importado apresenta, nos sacos, a marca, o nome do fabricante, indicação de que foi produzido apenas para a exportação e que aquela embalagem não pode ser usada no país de origem”, Rafael.
Actualmente, o país conta com cinco unidades de produção de cimento, que juntas totalizam uma produção de 1,3 milhão de toneladas anuais.
A Cimentos de Moçambique é, até agora, o maior produtor nacional, com 600 mil toneladas/ano e com os novos equipamentos instalados naquela empresa, o nível de produção deverá subir para pouco mais de um milhão de toneladas anuais.
Até 2013, espera-se que o nível de produção das produtoras nacionais de cimento atinja quatro mil toneladas, o que poderá incrementar a disponibilidade e reduzir os preços.