Onze pessoas mortas e dez feridos, seis dos quais em estado grave, é o resultado de um aparatoso acidente de viação ocorrido nas primeiras horas da manhã deste domingo em Maluana, na Estrada Nacional Nº1, a menos de 100 Km da cidade de Maputo. O sinistro foi causado por excesso de velocidade e ultrapassagem irregular por parte de um semi-colectivo de transporte de passageiros, vulgo “Chapa 100”, que viajava até a Vila da Manhiça e uma carrinha ligeira de cabine dupla.
Taibo Issufo, Director-Geral do Instituto Nacional de Viação, confirmou à Rádio Moçambique que nove das vítimas do acidente perderam a vida no local e as outras duas já a caminho do hospital da vila da Manhiça. A fonte da RM reconheceu que mais uma vez está-se perante o incumprimento generalizado do Código da Estrada por parte dos condutores dos chamados “Chapa 100”. Estatísticas revelam que de janeiro a junho deste ano, 161 pessoas morreram em consequência de acidentes de viação na província de Maputo, uma média de 26 vítimas mortais por mês.
Já na província de Sofala, centro de Moçambique, os números revelam que 106 pessoas perderam a vida vítimas acidentes de viação nas estradas da região também no 1º semestre deste ano, contra 102 perecidas em igual período de 2010. Uma funcionária do governo provincial de Sofala revelou que no mesmo período foram registados 179 acidentes de viação contra 237 dos primeiros seis meses do ano passado. Condução em estado de embriaguês e excesso de velocidade são as principais causas da sinistralidade fatal, sobretudo entre os os condutores do sector do transporte semi-colectivo de passageiros, os conhecidos “Chapa 100”.
Taibo Issufo acredita que, a entrada em vigor no próximo dia 23 de Setembro do novo Código da Estradas recentemente aprovado e que agrava sobremaneira as multas, poderá ser um efeito dissuador das más práticas de condução nas estradas moçambicans. O novo código, ainda de acordo com a fonte, agrava as sanções contra os infractores, sobretudo no que à condução em estado de embriaguês e excesso de velocidade diz respeito.