A empresa concessionária da mina de ruby em Namanhumbir, no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, queixa-se de ser vítima de difamações constantes por parte de alguns cidadãos estrangeiros e nacionais que fomentam o garimpo ilegal naquela região mineira.
Trata-se da Montepuez Ruby Mining, Lda., que resulta da fusão entre a MWIRIT, Lda. e a GEMFIELDS, respectivamente empresas mineiras moçambicana e britânica.Segundo Asghar, sócio desta empresa pela parte moçambicana, tais difamações caracterizam-se em acusações aos seus fiscais de que são eles que aliciam jovens para se envolverem em garimpo na área concessionada, a troco de somas em dinheiro.
Outra difamação prende-se com supostas violações de mulheres por parte dos mesmos fiscais no interior da área mineira, acusações rejeitadas pela fonte, que as enquadra numa campanha para desacreditar a sua empresa.
Aliás, segundo Asghar, a mulher conhecida até ao momento como tendo sido violada é uma garimpeira recolhida às celas da Polícia em Montepuez, por ter sido encontrada no interior da área pertencente à MRM, Lda.
Asghar explicou que a referida mulher foi supostamente violada por jovens que tentou corromper para se introduzirem na mina à busca de ruby, e, portanto, ela prestou falsas informações à Polícia dizendo ter sido seviciada sexualmente por guardas-fiscais da empresa.
Por outro lado, estruturas locais são tidas como tendo perdido o controlo sobre os inúmeros cidadãos estrangeiros e nacionais que afluem à Namanhumbir para a prática de garimpo ilegal.
Na opinião de Asghar, alguns responsáveis não são informados sobre esse fluxo, ou porque outros tiram proveito dessa situação, protegendo pessoas estranhas que se lançam a essa actividade rentável, mas de grande risco.
Essas estruturas não estão a colaborar com a Polícia porque tiram proveitos dessa situação. Sozinha, esta (polícia) não consegue estancar esses desmandos, mas alegra-nos o trabalho que ela está a fazer no terreno, anotou a fonte.