Pelo menos 250 estações de serviço sul-africanas já não tinham combustível líquido para vender na tarde de quinta-feira – quarto dia da greve na área da refinação e distribuição de combustíveis.
O alerta foi dado pelo porta-voz da Associação dos Retalhistas, Reggie Sybyia, tendo referido que, apesar das refinarias não terem sido afectadas pela greve, a distribuição, a partir dos maiores depósitos, particularmente na província de Gauteng, não se faz em consequência da intimidação dos piquetes de greve sobre os motoristas dos camiões-tanque que não aderiram à paralisação.
Em Gauteng, a província mais industrializada do país, onde se situam Joanesburgo e Pretória, pelo menos 150 estações de serviço já tinham esgotado os “stocks” na tarde desta quinta-feira, mantendo apenas abertas as lojas de conveniência.
Apesar de as principais empresas petrolíferas do país (BP, Shell, Engen, Caltex e Sasol) não terem divulgado números exactos, a Associação dos Retalhistas de Combustíveis afirmou que em várias províncias o número de estações de serviço que esgotaram os “stocks” estava a aumentar a um “ritmo alarmante”.
Cerca de 70 mil trabalhadores filiados no Sindicato dos Químicos, Impressores e Indústrias do Papel e das Florestas (CEPPAWAWU), no Sindicato dos Trabalhadores Aliados e do Sindicato das Indústrias Gerais iniciaram uma greve, segunda-feira, para exigir um salário mínimo de seis mil randes (625 euros) mensais e um limite de 40 horas semanais de trabalho para o sector dos combustíveis.