A edição deste ano da Feira Agrária, Comercial e Industrial de Maputo (FACIM) vai se realizar no novo espaço localizado na zona de Ricatla, no distrito de Marracuene, Sul de Moçambique.
O Presidente do Instituto para a Promoção de Exportações (IPEX), instituição responsável pela organização da FACIM, João Macaringue, disse que as reservas que existiam no seio dos expositores pela mudança de local de realização da feira já estão completamente dissipadas.
Mesmo antes das obras terminarem, um total de dez países já confirmou a sua presença, apesar de ainda decorrer a inscrição. Trata-se da Espanha, Portugal, Brasil, Itália, Polónia, Dinamarca, África do Sul, Botswana, Tanzânia e Malawi.
Segundo Macaringue, que falava, terça-feira, em Maputo, numa conferencia de imprensa, a Argentina está ainda a avaliar a possibilidade de participar na 47ª edição da FACIM.
Próxima semana, embaixadores acreditados em Moçambique deverão visitar o local que acolherá a FACIM para constatarem as condições existentes, para depois reportarem aos expositores dos seus países interessados em participar neste evento.
“Haviam muitas dúvidas e reservas por parte dos expositores, o que já não existe. A feira está a ser montada lá em Ricatla e o local está pronto para acolher a FACIM”, garantiu a fonte.
A vila sede do distrito de Marracuene dista há cerca de 30 quilómetros de Maputo. O trânsito rodoviário, entre a cidade de Maputo e Marracuene faz-se principalmente pela Estrada Nacional Número Um (EN1), que liga o Sul ao Centro e Norte do País.
Porque em determinadas horas do dia, a circulação é difícil dado ao engarrafamento causado pela elevada densidade de tráfego, na EN1, o IPEX está a trabalhar com o Município da cidade de Maputo para se viabilizar acessos alternativos.
Macaringue fez saber que foram identificadas cinco vias alternativas de acesso ao local que precisam de algum trabalho de melhoramento, mas a principal concentração será sobre a Avenida Dom Alexandre no bairro Ferroviário.
“Temos cinco alternativas identificadas e já estamos a trabalhar com o conselho Municipal para a sua viabilizacao. A nossa principal atenção será sobre a avenida Dom Alexandre, onde deverá fazer-se o tapamento de buracos, compactação e colocação de saibro. Isso vai se fazer nos dias que antecedem o evento”, explicou.
No local da feira, as obras em curso, orçadas em mais de 4,5 milhões de dólares americanos, estão já numa fase avançada. As obras, financiadas pelo Estado, consistem na construção de uma estrada pavimentada de acesso ao local com 2,5 quilómetros, e colocação de lajes onde irão assentar as tendas e casas pré-fabricadas.
A AIM constatou no terreno que mais de um quilómetro de estrada de acesso já foi pavimentada. As lajes já foram concluídas, esperando- se a chegada das tendas e outro material pré-fabricado para a respectiva montagem.
Segundo asseverou João Macaringue, as tendas, bem como o arame farpado, artigos de adorno, entre outros, foram encomendados da China e estão em processo de importação. Assim, espera-se que nos próximos 15 dias todas as condições para a realização da feira estejam criadas.
“As infra-estruturas estão na fase conclusiva e a construção da estrada de pavé está a 60 por cento porque não podemos acelerar com a obra devido ao intenso movimento de grandes camiões que transportam mercadorias para o local. Em breve, engenheiros chineses chegarão ao país para orientar o processo de montagem. Está ainda em curso a preparação da relva especial que será colocada e que em cinco dias germina. Portanto, nos próximos 15 dias a relva será visível e o local terá um novo aspecto”, explicou a fonte.
No local, para além das tendas, haverá um parque de estacionamento com capacidade para cerca de 650 viaturas e nele serão erguidas agências bancárias, postos de saúde e policial, para alem de serviços alfandegários, de bombeiros e da Cruz Vermelha de Moçambique, entre outras infra-estruturas, incluindo de lazer.
Os locais para a colocação destes empreendimentos já estão devidamente demarcados, sendo que no caso do parque de estacionamento, está se a concluir a colocação de saibro.
De acordo com o encarregado da obra, João Coelho, em principio o trabalho deveria estar concluído ainda esta semana, mas tal não será possível devido a atrasos verificados na entrega dos materiais, sobretudo do Pavé e betão.
“Tivemos dificuldades com o material, pois a entrega demorou. Mas se não houver mais atrasos, até 17 deste mês toda a obra estará concluída”, garantiu João Coelho. A feira inicia a 29 de Agosto e termina a 4 de Setembro próximo.