Resultante da atracção de grandes investimentos directos de empreendedores moçambicanos e de vários países, o sector mineiro extractivo do país deverá, até finais de 2011, passar a contribuir para a economia moçambicana com 5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 2006, a sua contribuição foi na ordem de 1,6% do PIB, segundo o Ministério dos Recursos Minerais, realçando que, em Moçambique, as indústrias extractivas mineira, de petróleo e gás natural têm vindo a contribuir com uma porção “significativa e cada vez mais crescente” para os rendimentos destinados ao desenvolvimento do país.
É por isso que Moçambique decidiu, em 2008, aderir à Iniciativa de Transparência na Indústria Extractiva (ITIE) para assegurar que os pagamentos e as receitas relacionados com a sua indústria extractiva sejam publicados de “uma forma transparente”, segundo Benjamim Chilengue, coordenador nacional daquele organismo.
O país está dotado de uma vasta riqueza em recursos naturais, incluindo carvão, gás natural, areias minerais e reservas de petróleo, enquanto a sua diversidade geológica oferece minerais e metais tais como ouro, urânio, titânio, carvão e bauxite. A cintura da província central de Manica está a ser fonte primária de ouro, cobre, ferro, bauxite e recursos similares.
Recursos ainda inexplorados
O coordenador nacional da ITIE salientou o facto de os recursos naturais de Moçambique ainda não estarem totalmente explorados, apesar de, desde 2003, atraírem uma crescente atenção do sector privado nacional e expatriado, especialmente da África do Sul, Rússia, Brasil e Índia, cujas companhias têm-se destacado na compra de acções nas minas ao longo do país.
Os minerais que estão a ser explorados actualmente incluem titânio, tântalo, mármore, ouro, carvão, bauxite, granito, calcário e pedras preciosas, existindo também depósitos conhecidos de pegmatitos, platinóides, urânio, bentonite, ferro, cobalto, crómio, níquel, cobre, granito, flúor, diatomite, esmeraldas, turmalinas e apatite.