A Associação dos Transportadores Rodoviários do vizinho Malawi alertou que o país corre o risco de parar se não for resolvida a questão de escassez do combustível.
O alerta foi lançado, Quarta-feira última, pelo Presidente da associação, Shadreck Matsimbe. Ele afirmou que a situação chegou a um extremo tal em que os camiões já não conseguem deslocar-se regularmente ao porto moçambicano da Beira para levar o combustível para o Malawi, devido a ruptura de stocks no país para o reabastecimento da frota.
Shadreck Matismbe afirmou que presentemente os camiões, que deveriam transportar combustível para o Malawi, acabam fazendo apenas uma viagem por mês de Blantyre até ao porto da Beira, quando em condições normais deviam fazer quatro viagens mensalmente.
O Malawi importa cerca de 70 por cento dos seus combustíveis líquidos a partir do Porto da Beira. Matsimbe sublinhou que os transportadores estão a acumular elevados prejuízos que acabam afectando a economia nacional, tendo acrescentado que a não ser que haja um milagre, o país está quase a parar devido a falta de combustível.
Apesar das sucessivas promessas do governo para a solução do problema, a sociedade civil no Malawi alega que o executivo de Bingu wa Mutharika já perdeu a batalha quanto à questão do combustível.
O Malawi precisa de 30 milhões de dólares norte – americanos mensais para a importação de combustível, dinheiro que aparentemente o país não tem.
Segundo a Rádio Moçambique, a escassez de combustível no Malawi serve também de alerta para os condutores moçambicanos no sentido de evitar viajar para aquele país sem o tanque cheio, ou pelo menos levar algumas quantidades de reserva como medida de precaução.
Por outro lado, o combustível vendido no mercado paralelo não é aconselhável tendo em conta que alguns motoristas já se queixaram que é misturado com água ou com outros líquidos impróprios.