O grupo indiano, Essar Global, anunciou a construção de um terminal de minério de ferro com uma capacidade de 20 milhões de toneladas por ano, no porto da Beira, centro de Moçambique.
O terminal será servido por uma conduta, que deverá ultrapassar a mais longa do mundo, também da Essar Global, com 396 quilómetros, no Brasil, para enviar para o exterior o minério de ferro produzido em Mwanesi e Ripple Creek, no Zimbabwe.
O anúncio foi feito por Firdhose Coovadia, director para África e Médio Oriente do grupo Essar, durante uma conferência do sector no fim-de-semana na Cidade do Cabo, África do Sul – segundo reportou a revista digital África 21.
O grupo indiano, com uma actividade global, detém 54 porcentro do Ziscosteel, o gigante siderúrgico do Zimbabwe mas com uma actividade muito baixa, e 80 porcento na Buchwa Iron Mining Company, proprietária dos maiores depósitos conhecidos de minério de ferro no país.
Refira-se, entretanto, que ainda no porto da Beira está em curso a construção dum novo terminal temporário de carvão, num projecto que envolve a empresa pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM-EP) e as principais mineradoras mundiais, nomeadamente Vale (brasileira) e a Riversdale (Australiana).
As mineradoras Vale e Riversdale detém as maiores concessões de exploração do carvão mineral na próvíncia de Tete, centro do país.
O desenvolvimento da actividade de exploração do carvão de Tete está a suscitar avultados investimentos no porto da Beira, uma infra-estrutura considerada o epicentro de toda actividade económica da zona centro de Moçambique.
Paralelamente, devido a sua localização geo-estratégica, o porto da Beira assume um papel bastante importante para as economias dos países da região, nomeadamente os do interland cujo comércio internacional transoceânico depende do porto da Beira.