As autoridades governamentais, ao nível da província setentrional de Nampula, consideram os Conselhos de Policiamento Comunitário como segmentos sociais de importância inestimável, que prestam informações operativas valiosas à polícia para o esclarecimento da maioria dos crimes cometidos naquela região.
Segundo fonte do Governo daquela província, durante o ano passado foram criados 180 Conselhos de Policiamento Comunitário e revitalizados 78, estando actualmente em funcionamento 258 órgãos e conselhos de combate ao crime no seio das comunidades.
Os Conselhos de Policiamento Comunitário permitem que a sociedade esteja organizada e envolvida no combate ao crime com base nas suas próprias características, o que facilita, não só a prestação de informações que levam a detenção dos presumíveis autores, bem como a recuperação de bens roubados.
Neste sistema de combate a criminalidade, as autoridades da província de Nampula, contam com a participação do cidadão comum através da denúncia, empresas de segurança privada, Conselhos de Policiamento Comunitário e guardas nocturnos, privilegiando também a ligação policia/comunidade para o contacto directo e efectivo.
A interacção entre o sector da justiça e a população, segundo a fonte, é também outra prioridade para o esclarecimento das questões que em torno da soltura de presumíveis criminosos para evitar-se a prática de justiça pelas suas próprias mãos e conflitos entre as comunidades e os tribunais.
Assim, segundo a fonte, durante o ano de 2010 foram registados 2.532 casos criminais contra 2.990 de 2009 o representa uma redução em 458 casos. Dos casos registados 91 por cento foram esclarecidos.
Durante o mesmo período foram realizadas 77.274 patrulhas preventivas, sendo 2.733 dirigidas. Das acções policiais foram detectados e repatriados 380 imigrantes por permanência ilegal no país.
Actualmente, Nampula regista 10.868 estrangeiros, dos quais 7.017 refugiados e 3.851 com autorização de residência. Dos 7.017 refugiados, 5.975 vivem no Centro de Refugiados de Maratane e 1.042 e os restantes fora do referido centro.