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Delegado da Administração Nacional de Estradas chumba em prova oral

O que aconteceu, esta terça-feira, com o delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE), delegação da Zambézia, poderá ficar marcado na história dele, uma vez para sempre. É que André Chachine foi chumbado em pleno público, diante dos seus colegas, alguns administradores distritais e outros convidados, quando tentou explicar algumas questões da sua área.

Tudo isso aconteceu após a apresentação do relatório das actividades do sector que foram realizadas desde ano findo até esta parte. Foi a partir daqui que o governador da Zambézia, Francisco Itai Meque, não tendo se embalado no relatório de André Chachine, começou a questionar.

Caso curioso é que Chachine, trazia um desempenho na função pública com 17 valores, algo que Itai Meque, diz não perceber donde, visto que aquele responsável da ANE não domina o sector muito menos aquilo que fez como actividade. Ai começou o dia mau para o delegado da ANE. Tudo aquilo que o governador perguntava, ele não foi capaz de responder com exactidão.

Ladeado pelos seus técnicos, o delegado da ANE não foi capaz de ter dados convincentes. Resultado, o Governador disse lhe de cara que nem com relatório, nem com nada, Chachine não tem domínio do que fala ao nível do sector, por isso, a nota não podia ser outra, se não zero.

Mas onde está o problema?

O grande problema nas Obras Públicas e ANE são os contratos para adjudicação das obras. Muitos dizem que há negócios e muitos envelopes circulam para se ganhar uma obra. Mesmo com a descentralização dos poderes para os governos distritais, os contratos das obras, sobretudo aqueles que envolvem valores altos.

O governador insurgiu-se pela forma como a ANE trata este assunto. Disse Itai Meque que os contratos ficam dias, se não meses, na cidade, não se sabendo as causas desta demora.

Os administradores muitas vezes não são informados sobre o empreiteiro que vem reabilitar uma certa via de acesso, só vê ele a executar o trabalho. Isso tudo na óptica do chefe máximo do executivo da Zambézia é protagonizado pela ANE que faz as coisas como quer.

Chachine justifica-se

Já o delegado da Administração Nacional de Estradas, depois de ouvir as “bombas” do Itai Meque, explicou que no que concerne aos contratos que chegam tardiamente aos distritos, tudo tem a ver com as empresas que não honram os contratos que assinam e dai comprometem as metas do sector.

Sobre a chegada tardia dos contratos nos governos distritais, Chachine disse que o caso poderá ser sanado, dai que as inquietações do governador vem numa altura em que o sector estava a fazer tudo para que a comunicação com os governos distritais sejam melhorada.

Refira-se que tudo isso aconteceu no decurso da reunião provincial do sector de estradas, onde estiveram os governos distritais como parte integrante.

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