No âmbito do preenchimento orgânico do Serviço Cívico de Moçambique, cuja entrada em vigor está prevista para o presente ano, o Ministro de Defesa Nacional, Filipe Nyusi, empossou Raimundo Aissa, Guilherme Marcelino Augusto e Tarcísio Ernesto para os cargos de chefe de departamentos de Recursos Humanos, Logística e Actividades Produtivas respectivamente e Raimundo Luís Ganje para o cargo de Chefe do Departamento de Finanças.
Este acto sucede a nomeação de Abril último de Júlio dos Santos Jane e de Miguel Agostinho Milice para os cargos de Comandante e Vice- Comandante do Serviço Cívico de Moçambique.
De acordo com o comunicado recebido na Redacção do nosso Jornal, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) pretende materializar, a curto prazo, o preceituado no nº3 do artigo 367 da Constituição da República que preconiza a existência do Serviço Cívico de Moçambique em substituição do Serviço Militar cuja legislação específica foi aprovada pela Assembleia da República em 2009 designada Lei 16/2009, de 10 de Setembro.
Segundo o artigo primeiro desta lei, o Serviço Cívico consiste no exercício de actividades de carácter administrativo, assistencial, cultural e económico em substituição ou complemento do serviço militar para todos os cidadãos não sujeitos a deveres militares.
À semelhança do Serviço Militar, o Serviço Cívico irá abarcar jovens dos 18 aos 35 anos de idade que não estejam sujeitos a deveres militares.
No acto de tomada de posse, o Ministro da Defesa Nacional, disse que a missão do Serviço Cívico consiste em dotar a juventude de conhecimentos, habilidades e valores culturais que capacitam os visados a contribuírem positivamente para o desenvolvimento sócio- económico do país, formando jovens cidadãos líderes prontos para a reconstrução nacional.
Na sua visão, a mais-valia do Serviço Cívico irá traduzir-se no incremento no seio dos jovens da formação, orientação e atitude positiva com espírito de fraternidade e cooperaçã.
Aos novos quadros o MDN disse que a sua nomeação conforma-se com os objectivos estratégicos do ministério e interpreta na letra o Programa Quinquenal do Governo, e, por conseguinte, têm uma responsabilidade acrescida de formar o cidadão patriota de referência, incutindolhes uma vocação de unir o país.
Uma responsabilidade de reduzir assimetrias, um exercício de combater o espírito de estender a mão ou a tendência de lamentar por ter nascido pobre, disse o titular da pasta de defesa, acrescentando que a missão dos quadros de Serviço Cívico é de inverter a tendência de esperar que alguém ou qualquer outra instituição pública ou privada faça por eles o que estiver em falta. É grande e nobre responsabilidade de moldar o cidadão de referência com Amor ao seu Povo e a sua Pátria. frisou.
Noutro desenvolvimento, o Ministro da Defesa Nacional aconselhou aos pioneiros na direcção do Serviço Cívico de Moçambique a colocar o interesse da instituição acima do individual e evitar tomar decisões emocionais e que a sua liderança e gestão como formadores deve caracterizar-se pela humildade, flexibilidade, seriedade, honestidade e criatividade.
O anseio é que o Serviço Cívico de Moçambique seja mais competitivo e criativo com sentido de nação, sustentável e uma autêntica escola de unidade pronta para missões humanitárias e públicas, produtora de reservas para as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) com um comando único e coeso, com espírito de equipa e tolerância, uma direcção que auto-forma-se, brilhante por excelência, que augura e promete sucessos.
A expectativa dos moçambicanos, segundo Filipe Nyusi, é que o produto final a ser entregue e colocado na sociedade seja constituído por jovens cidadãos conscientes, sujeitos a direitos e deveres, com direito à liberdade, à propriedade, à igualdade de direitos civis, políticos e sociais, sobretudo um jovem cidadão que tem consciência das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a nação e a pátria.