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Baloi defende participação activa de jovens na solução de crises em África

O Ministro moçambicano dos Negócios e Cooperação, Oldemiro Baloi, acredita que as soluções para as crises, assim como para os demais desafios que África enfrenta, poderão ser encontradas através de participação e envolvimento da juventude.

O governante moçambicano referia-se especificamente aos conflitos políticos que se registam em alguns países de África, na sua maioria causados pela subida do custo de vida, falta de emprego, fraca capacidade sócio interventiva de alguns estados, resultantes essencialmente das crises mundiais e que afectam de forma particular a juventude”.

Segundo Baloi, estas crises, associadas a outros desafios como as calamidades naturais, os conflitos, as doenças endémicas, entre outros, “fragilizam os esforços dos governos na prossecução dos objectivos continentais, com particular destaque para os programas de promoção do bem-estar socio-económico dos respectivos povos”.

Baloi falava, quinta-feira, em Maputo, durante a cerimónia de celebração dos 48 anos da criação da Organização da Unidade Africana (OUA), ora transformada em União Africana (UA), e que contou com a participação das missões diplomáticas e consulares africanas em Moçambique, membros do Conselho Consultivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), quadros do Ministério da Juventude e Desportos, entre outros convidados.

Em reconhecimento do papel que a juventude assume na sociedade, de acordo o Ministro, os líderes africanos escolheram o lema “Empoderamento da Juventude pa r a o De s envolviment o Sustentável”, para celebrar o 48/o aniversário da fundação da OUA.

Aliás, este e’ o mesmo lema da próxima cimeira ordinária da União Africana, a ter lugar em finais de Junho próximo na Guine Equatorial.

Para Baloi, o empoderamento visa envolver de forma participativa a juventude no processo de desenvolvimento sustentável do continente. “Pretende incentivar a concessão do poder, liberdade e informação necessárias a juventude para tomar decisões, formular estratégias e buscar soluções para os problemas dos nossos países.

Fazendo uma retrospectiva dos 48 anos da criação da OUA, o chefe da diplomacia moçambicana sublinhou que, ao longo deste período, registaram-se avanços assinaláveis, tais como erradicação do colonialismo, modernização da economia, redução substancial dos índices de pobreza, consolidação da democracia. No mesmo período, o continente conquistou respeito e espaço nos fóruns internacionais de tomada de decisão.

Na mesma perspectiva, segundo ele, a Africa logrou, ainda, reduzir o espectro dos conflitos e deu passos decisivos na implementação da sua arquitectura de paz e estabilidade, no quadro da qual decorrem os processos de resolução de conflitos e situações de tensão no Sudão, Costa do Marfim, Líbia, Madagáscar, República Democrática do Congo, entre outros.

Contudo, África ainda se debate com desafios cada vez mais complexos e delicados, cuja solução requer o envolvimento participativo de todos os africanos e dos seus parceiros de desenvolvimento.

Um dos grandes desafios, de acordo com o Ministro, tem a ver com a agenda da integração continental, tendo como base a consolidação dos grupos regionais.

A integração do continente constitui um velho sonho dos grandes percursores de uma Africa unida e próspera, os quais lideraram a criação da OUA, um desejo que continua na agenda das prioridades da dos actuais líderes africanos.

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