O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, disse que o Governo trabalha sem mãos a medir no aproveitamento das potencialidades agro-ecológicas do país, com vista a garantir que, o mais rápido possível, deixar de importar o arroz. A consumação, segundo o estadista moçambicano, deste desiderato passa pela garantia de um mínimo de duas colheitas por ano.
‘A nossa política é aproveitar totalmente as potencialidades que o país tem para a produção do arroz. É um processo que vai levar o seu tempo, mas esperamos que o mais cedo possível deixemos de importar o arroz’, disse o Presidente.
Para o efeito, o Japão e o Vietname estão prontos a ajudar o país a introduzir novas técnicas de produção, mas que, para tal, Moçambique precisa de estar bem estruturado.
Guebuza falava a jornalistas, Terça-feira, na sede distrital de Namacurra, província da Zambézia, no final da presidência aberta e inclusiva aquela província do centro do país que, de 13 a 17 de Maio corrente o levou sucessivamente aos distritos de Mopeia, Ile, Mocuba, Gilé, e Namacurra.
Antes de escalar a Zambézia, Guebuza trabalhou, de 09 a 12 do presente mês, na província de Sofala, onde visitou os distritos de Buzi, Cheringoma, Maringue e Marromeu.
A maior parte do arroz moçambicano é de um ciclo longo e o que se pretende é no mínimo possuir uma semente que possa garantir pelo menos duas colheitas por ano.
Por outro lado, segundo Guebuza, o país tem de criar outras capacidades, referindo se claramente a colheita, escoamento e ao próprio descasque. O Presidente sublinhou que técnicos moçambicanos já estão também engajados na materialização deste plano governamental.
No distrito de Marromeu, em Sofala, segundo constatou a AIM, há camponeses que já estão a usar, com o apoio do Governo, semente de arroz de ciclo curto (90 e 110 dias), como é o caso de Eugénio Vitorino que expôs a sua produção, durante a visita presidencial.
Quanto ao que constatou durante a visita, Guebuza disse que a população esta animada e tem clareza de que há muito ainda por fazer na agenda nacional de luta contra a pobreza.
‘Vimos isso nos comícios como nos encontros que mantivemos com os órgãos locais. Nos encontros com os membros dos órgãos locais, estes mostraram que conhecem as suas responsabilidades em responder as preocupações da população, recorrendo ao fundo dos sete milhões e aos três milhões alocados para a área de infraestruturas’, afirmou Guebuza.
Por isso, o Presidente disse sentirse satisfeito com o que esta a acontecer mas frisou estar consciente de que ainda há muito por fazer rumo a erradicação da pobreza. ‘Sinto-me satisfeito e também consciente de que há ainda um longo caminho por percorrer.
Por exemplo, no fundo dos sete milhões ainda continuámos com o problema do baixo nível de reembolsos’, indicou Guebuza Quanto as florestas comunitárias e ao programa um aluno uma planta, Guebuza disse serem questões absolutamente necessárias porque quando alguém planta uma árvore e sustenta o respectivo crescimento, essa mesma pessoa não vai, de forma nenhuma, promover as queimadas descontroladas.
Pelo contrário, de acordo com o estadista moçambicano, vai impedir que o seu esforço seja comprometido por queimadas descontroladas, ou por outras acções contrárias.
Sobre as reclamações levantadas pela população segundo as quais importantes infra-estruturas a nível distrital, como são os casos de estradas serem reabilitadas sempre que se anuncia a visita do Presidente, Guebuza disse que a sua manutenção é prioritária na sua presidência.
Segundo Guebuza, fazer a manutenção significa ter-se uma atitude que faca com que sempre que alguma coisa estranha acontece com alguma infra-estrutura se tome medidas para a sua correcção.
‘É preciso compreender que não estamos habituados a fazer manutenção, mas apenas a reabilitar normalmente em cada cinco anos. Com a manutenção gastamos muito menos do que com a reabilitação. Estamos a trabalhar para que haja uma atitude por parte dos governantes para que a manutenção seja algo permanente’, disse Guebuza.