As eleições autárquicas, para as quais estão inscritos mais de 23 milhões de eleitores, decorreram num clima de normalidade em quase todo o território sul-africano esta quarta-feira. Ao meio-dia local já tinham votado os principais líderes partidários: Jacob Zuma, do ANC, na sua aldeia-natal de Nkandla, no Kwazulu-Natal, e Helen Zille, da Aliança Democrática (AD), na Cidade do Cabo.
Os candidatos à presidência da Câmara da Cidade do Cabo (uma das únicas duas em todo o país que é ocupada desde 2006 pela AD), Patricia de Lile, da AD, e Tony Enreinrech, do ANC, também depositaram os seus votos nas urnas durante a manhã, tendo-se ambos declarado esperançados na vitória nestas quartas autárquicas da era pós-“apartheid”.
Em Joanesburgo, a capital económica do país, apenas a Aliança Democrática nomeou um candidato, Mmusi Maimane, um advogado natural do Soweto. O ANC não voltou a nomear o seu atual “mayor”, Amos Masondo, e afirmou que só depois das eleições anunciará o nome do eventual sucessor de Masondo, uma vez que as listas de candidatos foram contestadas por estruturas regionais do movimento por terem alegadamente sido alteradas depois das votações internas.
O mais grave incidente verificado ainda na noite de terça-feira foi o incêndio provocado por desconhecidos numa assembleia de voto de Grootvlei, a sul de Bloemfontein, mas a Comissão Independente Eleitoral ergueu uma nova tenda nas imediações garantindo o funcionamento normal daquela assembleia.