O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, inicia, quarta-feira, uma visita oficial de dois dias a Namíbia. Em Windhoek, a capital do país, decorrem os preparativos, com ruas engalanadas, para uma recepção condigna do estadista moçambicano.
Durante a visita, Guebuza deverá manter negociações com o seu homólogo namibiano, Hifikepunye Pohamba. Para o segundo dia, a agenda de Guebuza inclui uma deslocação à cidade portuária de Walvis Bay, na região de Erongo, e à mina de Nambed, na região de Karas, ambas no sul da Namíbia. No fim do dia, Guebuza deverá manter um encontro com a comunidade moçambicana residente neste país da África Austral.
No dia seguinte, após o término da visita oficial à Namíbia, Guebuza deverá participar numa reunião da Troika do Órgão de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), um evento de um dia, a ter lugar em Windhoek, para discutir e avaliar a situação no Zimbabwe e o grau de implementação do Acordo Político Global, que visa estabilizar este pais vizinho.
O Madagáscar também consta da agenda da Troika, onde um golpe de estado perpetrado contra o Presidente eleito, Mar Ravalomanana, também precipitou este país insular do Oceano Índico para uma crise socio-político. Esta reunião é o seguimento de uma outra havida em Livingstone, na Zâmbia, a 31 de Março do corrente ano.
Para além de Guebuza, em representação de Moçambique, integram a Troika o Chefe de Estado zambiano, que é Presidente do Órgão, Rupiah Banda, e o estadista sul-africano, na sua qualidade de segundo vice-Presidente, Jacob Zuma.
Paralelamente, a Primeira Dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, deverá manter contactos com a sua homóloga namibiana, Penehupifo Pohamba, visitar e inteirar-se de vários projectos sociais em curso neste país. Um aspecto interessante é o facto de, em Windhoek, a língua portuguesa ser muito difundida devido a existência de uma grande comunidade de cidadãos angolanos.
Aliás, não seria um exagero dizer que é quase impossível percorrer mais de cinquenta metros nas artérias de Windhoek sem nos cruzarmos com falantes de língua portuguesa.
Integram a delegação Presidencial, alem da Primeira Dama, Maria da Luz Guebuza, os Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, do Interior, Alberto Mondlane, do Turismo, Fernando Sumbana, na Presidência para Assuntos Parlamentares, Autárquicos e das Assembleias Provinciais, Adelaide Amurane, e das Pescas, Victor Borges.